Partiu o homem que fez da vida uma obra de arte

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De Mário Silva, todos lembrarão o génio, a opinião desassombrada e a invejável arte de viver. Aquele que foi um dos nomes maiores da pintura portuguesa contemporânea faleceu no último sábado, aos 86 anos. Partiu o homem, mas fica a obra e a recordação de um espírito livre, excêntrico e contestatário.
“Teve uma vida repleta e foi um exemplo a seguir. Era o meu melhor amigo…”, disse ao DIÁRIO AS BEIRAS, Mário T. Silva, filho do pintor. O artista plástico, figura incontornável da vida cultural coimbrã, morreu no Centro de Cuidados Continuados Domus Vita de Lordemão, onde se encontrava internado há algumas semanas, depois de passagens prolongadas pelos hospitais da Figueira da Foz e de Cantanhede.
Mário Silva nasceu em Bencanta, em 1929, no seio de uma família marcante: o pai, Mário Augusto Silva [1901/1977], foi um ilustre físico português (Universidade de Coimbra), discípulo e assistente de Madame Curie, no Instituto do Rádio de Paris, entre 1925 e 1930, e “eleito” por Salazar para encabeçar a lista dos docentes e investigadores afastados das universidades portuguesas em 1947.
O filho ainda frequentou a Faculdade de Engenharia que abandonaria para percorrer o seu próprio caminho no mundo da arte. Foi cofundador do Círculo de Artes Plásticas, juntamente com Pedro Olayo, que recorda o quanto ambos lutaram “pela cultura artística em Coimbra, na década de 60”. “É uma grande tristeza. Foi um enorme artista. Lutámos até chegar à morte. Eu só fiquei como testemunho”, lamentou.

 

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