A política é o governo da cidade ou das nações. Políticos não são pois os membros de uma casta ou elite, profissionais de partidos e de órgãos de poder.
Políticos deverão ser todos os cidadãos, empenhando-se activamente no bom governo e no bem-estar de todos. Esta é a visão justa da política.
Os eleitos servem as populações, não se servindo, nem tirando benefício do exercício dos cargos públicos. Não é porém essa a lógica de todos, muito menos a prática.
Não é também essa a imagem que prevalece, alimentando a noção de que os políticos são todos iguais. Daqui, fomenta-se o desinteresse pela “res publica”.
Actos ilícitos praticados por alguns executores políticos, corrupção, enriquecimento, reforçam o descrédito. “A minha política é o trabalho! Não voto em nenhum! Não quero saber disso para nada. Querem todos governar-se!”.
Como solução, à boleia deste estado de espírito, avançam soluções que visariam promover a aproximação entre eleitos e eleitores, mas que de facto e na prática tenderão sim a limitar o papel das minorias. Reduções de número de deputados, criações de círculos uninominais, executivos municipais monocolores, fazem parte dessa vasta panóplia de remédios.
A democracia aprofunda-se na prática da aproximação às populações, auscultando-as a todo o momento, prestando contas, servindo-as sem benefícios pessoais. Prática dos eleitos da CDU em todos os órgãos de poder.
A educação para a cidadania deve alicerçar-se nestes princípios, de participação activa de todos ao serviço da comunidade.
No início de Setembro decorre a Festa do Avante, erguida por milhares de construtores. Dezenas de milhares de portugueses, jovens e menos jovens, participam na maior iniciativa político-cultural do país. Uma festa de cultura, do desporto, da música, da amizade, da vida. Uma verdadeira escola de vida. A festa é escola, como é o trabalho e a luta.
Entretanto, em Setembro também, são várias as forças políticas que promovem “universidades de Verão” para ensino da arte da política aos seus jovens militantes. A comunicação social dá-nos conta destes eventos. Meninos e meninas participam em sessões sob o lema “formar não é formatar” (JSD), ou “não viemos para debitar, viemos para debater” (CDS). Os “media” entrevistaram vários jovens.
Anseiam ser líderes, ministros ou primeiros-ministros. Sonham ser alguém! Uma jovem de dezasseis anos sente dentro de si um grande chamamento desde os oito anos. Ali, despertam-se ou fortalecem-se verdadeiras vocações. Pode o país descansar, o povo dormir, que eles, ao chegar a hora, estarão aptos a tratar de nós.
Os meninos formam-se em “políticos”, ouvindo atentos as lições dos velhos mestres. Sossegai portugueses – haverá continuidade da “crème de la crème”, sempre a bem da nação!
Política – o governo e o destino colectivo da cidade. Pelos cidadãos, para os cidadãos.
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