Opinião – O foral de Tavarede

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Daniel Santos

Daniel Santos

Quem teve a oportunidade de assistir às comemorações dos 500 anos da atribuição em 1516 do foral por D. Manuel I a Tavarede, conviveu com informação sobre a génese histórica da povoação, os seus ciclos de desenvolvimento, as fases de miséria e os seus muitos momentos de grandeza. É evidente que as idiossincrasias originais se foram diluindo ao longo dos tempos, fruto da redução de identidade decorrente da globalização e da transversalidade e rapidez de informação que influenciam os países, as regiões, as cidades e as mais pequenas povoações.
Disse Confúcio que “se queres prever o futuro, estuda o passado”, o que significa que o interesse e a compreensão dos diferentes aspetos tangíveis e intangíveis da história das povoações, das freguesias, do concelho, influenciam as decisões que sobre elas vierem a ser tomadas pelos atuais e pelos futuros decisores.
Opinar sobre o território e a sua reformulação administrativa apenas e tão-só com base em sentimentos de perda ou de alcance de benefícios é malbaratar o conhecimento acumulado de séculos e, sobretudo, não contribuir para as soluções de futuro. A Câmara promoveu, com muito sucesso, em 2011, um “Curso sobre a história da Figueira”. No final, foi prometida a sua repetição, o que infelizmente não veio a acontecer. Quase que me atreveria a dizer que qualquer autarca deveria passar pelos banco dessa “escola”, que se deseja vir a ser repetida. Sob pena de dizer muita asneira…

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