O presidente do município de Coimbra, Manuel Machado, defendeu hoje que devem ser tomadas medidas públicas para inverter a desertificação do território, não só no interior, mas também no coração das cidades.
Numa curta intervenção, na sessão de boas vindas da Conferência Socialista, que decorre hoje em Coimbra, sob o lema “Desigualdade, território e políticas públicas”, o autarca mostrou-se esperançado no Governo socialista, liderado por António Costa, para conseguir alterar o panorama nacional.
“O território é uma das condições essenciais para promover a igualdade, a preocupação com o território desertificado, não apenas as periferias de zona de fronteira, mas também dos corações das cidades onde há espaços desertificados pelo abandono e, obviamente, tudo isto se consegue com políticas públicas”, sublinhou.
Segundo Manuel Machado, que preside também à Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), “as desigualdades não podem continuar”, defendendo que é preciso fazer tudo para que “elas sejam minoradas e as pessoas vivam melhor”.
“Hoje estamos mais esperançados em conseguir alcançar o objetivo [combate à desertificação], pois felizmente o Governo liderado pelo PS tem ouvido e dialogado com os autarcas, não concordando com tudo, mas encontrando soluções, quando antes éramos escutados mas não ouvidos”, disse o autarca.
O presidente da Câmara de Coimbra exemplificou com a alteração de várias leis que “emperram a atividade quotidiana, a compreensão para a necessidade imperiosa de alcançar um desígnio nacional que é a urgente colocação no terreno dos fundos europeus”, condição para se ultrapassar a crise.
Ainda na sessão de abertura, o líder da Federação Distrital de Coimbra do PS, Pedro Coimbra, apontou como objetivos prioritários dos socialistas a governação, que inclui a aprovação do Orçamento de Estado para 2017, e a preparação das eleições autárquicas.
O dirigente e deputado socialista pediu empenho para que as eleições do próximo ano mantenham o PS como maior partido do poder autárquico e que sirvam para “consolidar, sustentar e alavancar o projeto do Governo de Portugal”.