Petição contra exploração de petróleo lançada hoje nas Berlengas

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Berlengas

Uma petição exigindo o cancelamento dos contratos de prospeção e produção de petróleo em toda a faixa litoral entre Lisboa e o Porto é hoje lançada, na ilha das Berlengas, pelo Movimento Peniche Livre de Petróleo.

No cais de embarque para a ilha onde ao longo do dia de hoje vão ser recolhidas as assinaturas, o porta-voz do movimento, Ricardo Vicente, invocou o facto da bacia de Peniche fazer parte da zona de contratualização para a prospeção de petróleo para “dar início a um processo participativo” que permita às populações “afirmarem o seu descontentamento com a situação”.

O movimento recusa aceitar o processo, que considera ter decorrido até agora “nas costas da população”, e desafia os cidadãos a manifestarem o seu protesto assinando a petição e demonstrando que “preferem a manutenção e a preservação dos recursos naturais, da economia local, a defesa da pesca, da agricultura, do turismo e da Reserva Natural das Berlengas, reconhecida pela UNESCO [Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura] como Reserva Mundial da Biosfera”.

Convicto de que o que o país tem a perder com a indústria extrativa de petróleo é muito mais do que tem a ganhar, Ricardo Vicente comparou “os riscos” para a costa portuguesa com os provocados pelo derrame ocorrido em 2010 no Golfo do México.

Ali, recordou, “ocorreu o maior derrame ‘offshore’ (afastado da costa) com tecnologia moderna”, tendo como consequência “a quase total destruição dos recursos piscatórios e uma grande destruição das economias locais que têm base nestes recursos naturais”, como o turismo, a hotelaria e a restauração.

Sabendo “que a tecnologia que existia no momento é a mesma que existe hoje”, o movimento teme ver replicados em Portugal “os mesmo riscos” e recusa ver o país “transformado numa Louisiana”, um dos estados do Estados Unidos da América banhado por aquele golfo.

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