Os enfermeiros do IPO Coimbra e do Hospital Distrital da Figueira da Foz aderiram, em elevado número, à greve de terça-feira. Segundo dados do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), a taxa de adesão naquelas unidades de Saúde foi de 81% e 85%, respetivamente. A jornada de luta termina hoje, mantendo-se a paralisação no turno da manhã (das 08H00 às 12H00).
Ontem, entretanto, profissionais de ambas as unidades, acompanhados de dirigentes e delegados sindicais, manifestaram-se em frente ao edifício-sede da Administração Regional de Saúde do Centro, em Coimbra. Aqui, foram recebidos pelo Conselho Diretivo da ARS, que, de acordo com nota da organização sindical, se “comprometeu em fazer chegar à tutela as suas justas reivindicações”.
“Em causa está, designadamente, a discriminação negativa por parte do Governo, que teima em manter 40 horas semanais de trabalho aos enfermeiros com contrato individual de trabalho”, lê-se na nota.
Em declarações à Lusa, o dirigente do SEP Paulo Anacleto exigiu a reabertura das negociações das 35 horas nos contratos individuais de trabalho (CIT), que abrangem nove mil profissionais.
“Na última reunião estava tudo pronto para assinarmos [o acordo]. Mas o Governo induziu o argumento das eventuais sanções e estas, afinal, não se verificaram”, disse Paulo Anacleto à Lusa.
O sindicalista disse que o Governo “atuou com o estigma das troikas” e salientou: “Não faz sentido teimarem em discriminar negativamente estes enfermeiros, são nove mil a nível nacional com contrato individual de trabalho de 40 horas”. O SEP enviou nesta terça-feira uma carta ao primeiro-ministro e ao ministro da Saúde exigindo a reabertura das negociações.
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