SPA salínico revitaliza salinas de Aveiro

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Um “SPA salínico” é inaugurado quinta-feira em Aveiro, numa iniciativa privada que procura revitalizar as marinhas “Grã Caravela e Peijota”, transformando-as em piscina salgada, a par da exploração do sal.

Outrora o “ouro branco” aveirense, devido à sua importância na conservação dos alimentos, o sal de Aveiro era já explorado antes mesmo da fundação da nacionalidade, como o atestam documentos coevos e marcou a paisagem da cidade, rodeada de “mosaicos” de água, mas a atividade entrou em decadência e das 252 marinhas referenciadas na Ria de Aveiro já só apenas nove estavam em laboração em 2009.

A “Grâ Caravela” e a “Peijota” são duas marinhas sobreviventes “às portas da cidade”, junto ao Ecomuseu Municipal da Troncalhada, cujos proprietários procuram agora reanimar, dando-lhes novos usos num “Salinário” de utilidade também terapêutica.

“Acreditamos que é possível mostrar o que é de Aveiro, sem prejuízo económico, rentabilizando um espaço típico com a atividade normal da exploração do salgado, mas acrescentando valor ao sal. O sal tradicional por si só já não sustenta nenhuma marinha e para combater essa dificuldade temos vindo a transformá-lo e a criar novos produtos e é isso que o SPA salínico vem concretizar”, disse à lusa Afonso Miranda, um dos promotores.

Além da experiência proporcionada pela elevada concentração de sais, superior à água do mar, o que permite que o corpo “flutue sozinho” a quem anda na piscina salgada, à semelhança do que acontece no Mar Morto, o “SPA salínico” aproveita as propriedades terapêuticas do sal marinho que segundo análises recolhidas “ajudam na “má circulação de sangue”, tratamento de psoríase e hidratação da pele”.

Além da piscina de água salgada, o SPA tem também um posto de venda de produtos de estética (sabonetes e sais de banho), sal gourmet, frascos com flor de sal com ervas aromáticas e pimentas, e outros produtos de “merchandising” ligados ao Salgado Aveirense.

Completa a estrutura uma esplanada de apoio, onde é possível comer produtos com salicórnia e beber cerveja artesanal, tendo o espaço sido adaptado com madeiras tratadas com sal que ajudam a que a madeira resista mais tempo e devidamente enquadrado no meio.

O Salinário que integra o SPA tem também produção própria de sal, cuja safra pode ser acompanhada de junho a setembro, realizada pelos históricos marnotos através de instrumentos tradicionais.

 

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