Opinião – Do Paião a Barroso

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Rui Curado Silva

Rui Curado Silva

Das cúpulas da Europa às juntas de freguesia, o interesse público deve ser salvaguardado inequivocamente pelo poder executivo.

O combate pela transparência na política deve ser realizado em todas as frentes. De pouco serve criticar a Europa ou o poder de Lisboa, quando na nossa freguesia não há transparência na execução de políticas locais. Os acontecimentos da passada semana ilustram na perfeição o trabalho que há a fazer em múltiplas frentes pela transparência na política.

A ida de Durão Barroso para a Goldman Sachs, uma empresa financeira que contribuiu ativamente para arruinar países, empresas e pessoas da EU, durante o seu mandato na Comissão, é absolutamente escandalosa. Quem governou a Comissão Europeia?

Foi Durão Barroso ou foi a Goldman Sachs? Aquando da intervenção na Grécia, os representantes da Comissão Europeia na Troika estavam a trabalhar para o bem da UE e da Grécia ou estavam a trabalhar para a Goldman Sachs, a mesma empresa que ajudou a maquilhar as contas dos governos do PASOK e da direita grega?

Saltando para o nosso nível das freguesias, li e reli as declarações do executivo da Junta do Paião e sinceramente não fiquei nada convencido que a transparência tivesse sido uma prioridade das transferências realizadas com os dinheiros dos baldios. Quanto à bondade das operações, ela só poderá ser esclarecida depois de uma auditoria muito rigorosa.

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