“No turno da noite [de quinta-feira] a adesão à greve chegou a atingir os 100 por cento no IPO de Coimbra e no Hospital Distrital da Figueira da Foz”. A afirmação é de Paulo Anacleto, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) que ao DIÁRIO AS BEIRAS adiantou os números totais da greve no distrito de Coimbra “variam entre os 70 e os 90 por cento”. Falando de um “grande dia de luta”, Paulo Anacleto, realçou que os números da adesão mostram “um profundo descontentamento” em relação à questão das 35 horas semanais. “Há uma grande discriminação entre os profissionais com contratos individuais – cerca de nove mil profissionais – que estão abrangidos pelo horário das 40 horas”. Porém, e como salientou o enfermeiro, o assunto estava a ser discutido com a tutela mas “foi retirado”.
Recorde-se que o SEP exige retomar das negociações sobre as 35 horas de trabalho para todos e emitiu já pré-avisos para novas greves em agosto.
“Sem impacto significativo”
O Governo considerou que o primeiro dia de greve dos trabalhadores da saúde não teve um impacto significativo na vida dos doentes e das instituições, mas estima que ontem possa ter sido mais sentida.
“A greve de quinta-feiranão teve um impacto significativo, nem na vida dos doentes, nem na vida das instituições”, disse o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, aos jornalistas, no final de uma visita ao Centro Hepato-Bilio-Pancreático e de Transplantação, do Hospital Curry Cabral, em Lisboa.
O secretário de Estado explicou que a greve foi desencadeada por falta de acordo relativamente às 35 horas de trabalho.
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