Faz em Outubro quatro anos que a Assembleia Municipal (AM) votou uma proposta do PSD e do Movimento Figueira 100%, para a agregação de 4 Freguesias. Importa relembrar, que estas agregações não eram uma opção, mas sim uma obrigação. Resultaram de uma lei, que apesar de dela discordarmos, estávamos condenados a cumpri-la.
Havia dois caminhos possíveis. Um defendido pela câmara e pelo PS, que se traduzia na ausência de qualquer proposta, ou seja, ignorar a lei e permitir que “Lisboa” decidisse por nós. Um outro, mais difícil é certo, que representava não alienar a responsabilidade que a todos os deputados municipais cabe, e serem os figueirenses a decidir o que fazer com o seu território.
O primeiro caminho, levaria á agregação de 6 freguesias, o segundo e usando as prorrogativas da lei, permitiu agregar 4.
Claro está, que aqueles que nada fizeram e que preferiam que terminassem mais freguesias do que correr os riscos políticos inerentes a uma decisão inevitavelmente incompreendida por muitos, fizeram nas eleições autárquicas seguintes um triste espetáculo de demagogia, acusando-me de ser a favor da agregação. Volvidos quatro anos, a última AM aprovou uma moção da Assembleia de Freguesia da Ferreira-a-Nova, que solicita ao Governo e à Assembleia da República, que Santana se volte a autonomizar.
Registo com agrado, que o texto dessa proposta contém várias declarações minhas, manifestando a minha discordância com a lei. Foi preciso esperar quatro anos, mas sinto-me vingado a assistir ao PS a aprovar um texto, em que repõem a verdade, e que fica claro que sempre fui contra a agregação de freguesias.