“Se conseguirmos alargar o prazo da dívida poderemos libertar mais dinheiro” (com vídeo)

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FOTO PEDRO AGOSTINHO CRUZ

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Tendo em conta o ritmo do pagamento da dívida da câmara, pretende liquidar o Plano de Saneamento Financeiro (PSF) antes do prazo?

[Em 2009], a dívida andaria à volta dos 90 milhões de euros, que é uma dívida muito grande. Portanto, a câmara estava quase em desequilíbrio financeiro. Na altura, a Caixa Gerald e Depósito, o BES e o BPI aperceberam-se de que a nossa gestão era mais parcimoniosa e concederam autorização para o PSF. O que é que isto tem de exigência? Tem de ser pago em 12 anos. Portanto, estamos a falar de um total de dívida de médio e longo prazo do município de 64 milhões, porque o resto tinha a ver com as empresas municipais.

Quanto é que a câmara ainda deve?

Eu até queria fazer um ato simbólico… Vamos entrar na casa dos 20 milhões. Vamos prosseguir o processo de renegociação dos juros. A lei do Orçamento do Estado parece permitir alargar o prazo do pagamento da dívida. Portanto, se conseguirmos alargar o prazo, então poderemos libertar mais dinheiro, porque o serviço da dívida do município representa seis milhões de euros por ano.

É reconhecido o esforço que tem sido feito, mas há quem diga que o executivo não está a fazer mais do que a sua obrigação, porque está a cumprir o PSF e a Lei dos Compromissos.

O município já tinha recorrido a um ou dois PSF, e, no entanto, falharam, porque não foram cumpridos. Onde é que está, aqui, algum engenho e arte? É o facto de estarmos a liquidar a dívida e, ao mesmo tempo, termos dezenas de obras em curso, nem todas financiadas. Para além da diminuição da dívida, temos um encaixe de investimentos do mesmo valor.

O concelho tem a mais alta taxa de desemprego do distrito. O que é que a autarquia pode fazer no sentido de gerar novos postos de trabalho?

Em relação à taxa de desemprego, é sempre relativa… Sabia que em 2009 havia 4.300 desempregados e agora há 3.300?

Entretanto, houve quem tivesse emigrado…

A nossa taxa de desemprego andará à volta dos 11, 12 por cento, acompanha a taxa nacional. Temos é vários contextos, e é a caraterização do desempregado que nós vamos Fazer. Queremos dar vários contributos, já temos o apoio de uma empresa especializada e há uma série de iniciativas em curso. Acompanhamos toda a facilidade de incentivos fiscais que seja permitida por lei, mas é demagógico virem com propostas que, depois, não são aceites pela Autoridade Tributária, porque não têm cobertura legal.

A Zona Industrial do Pincho pode contribuir para a diminuição do desemprego no concelho?

O projeto já está expropriado e devidamente mapeado. Obviamente que não posso anunciar uma solução quando estou a tratar dela. Vamos avançar com um projeto de ampliação da Zona Industrial da Figueira da Foz. No Pincho, gostaria de fazer uma campanha promocional, para ver se há algum investimento que possa ser interessante para ali, porque estar a infraestruturar sem saber para quem e pare quê, pode ser uma perda de dinheiro.

Vai recandidatar-se?

As pessoas que estão neste desempenho, acho que, enquanto puderem ser úteis, se devem manter. Foi um bocado este compromisso que assumi do primeiro para o segundo [mandato].

E do segundo para o terceiro?

Aí já não haverá esta exigência de juízo, mas é de utilidade, digamos assim.

Ou seja, está a dizer que está disponível.
Se for útil…

O que é que pode condicionar ou estimular a recandidatura?
Depende do conjunto de projetos que estiverem pendentes e da minha utilidade para os desenvolver.

Vídeo da FigueiraTV

 

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