Opinião – Um dos mais importantes conclaves dos últimos anos

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Gonçalo Capitão

Gonçalo Capitão

Saindo o artigo na data prevista, hoje temos Assembleia-Geral da Briosa.

Trata-se, provavelmente, de um dos mais importantes conclaves dos últimos anos, dada a necessidade de encontrar não apenas novo elenco directivo, mas também rumo para o mais categorizado e histórico emblema do futebol português.

Ainda antes da mesma e de ouvir uma palavrinha sequer dos responsáveis pelos destinos do Briosa (sei que o farão entretanto, mas tardiamente), sumario algumas reflexões.

A primeira coincide com o nobre pensar de um destacado membro da oposição ao actual elenco: a herança do Eng. Simões deve ser respeitada, bem como o seu lugar na galeria dos antigos presidentes (confesso que me surpreenderá de morte uma recandidatura).

Tendo tido papel importante com o ilustre Presidente Moreno (e, portanto, na regeneração da instituição), José Eduardo Simões deixa a Académica com património (destaco a antiga Sede e o complexo de treino ou Academia), com uma larguíssima permanência no escalão máximo, com contas auditáveis (falo até 2010, pois desconheço o que se passou daí em diante), com uma Taça de Portugal (não só se trata apenas da segunda, como de um dos dias mais felizes de muitas vidas) e uma honrosa participação na Liga Europa (muitos viram o que os associados de muitos grémios já mais verão: uma vitória sobre o finalista da Liga dos Campeões 2015/16 ).

O problema é que, como no caso de outros líderes de sucesso nas mais diversas áreas (política à cabeça), em meu entender, a saída deveria ter ocorrido antes, promovendo o rejuvenescimento dos protagonistas e o refrescamento das ideias e soluções.

Digo com sinceridade que, mesmo acreditando na palavra do Eng. Simões, o facto objectivo da sua condenação pelo Supremo Tribunal de Justiça poderá ter tolhido mais ainda a sua capacidade de fazer pontes com outros emblemas (já de si e aliás, a maior e talvez única pecha pessoal do seu consulado) e, obviamente, de angariar receitas. O raciocínio é simples e dispenso-me de o escrever pela estima e amizade (unidireccional, a partir de agora, imagino) que nutro pelo Presidente cessante.

Creio ainda que foi a rarefacção humana daí decorrente que determinou escolhas pouco felizes, designadamente na área do futebol (dentro e fora do balneário).

Em abono da teimosia presidencial arrolo, contudo e numa opinião pessoalíssima, a falta de uma alternativa que se mostrasse absolutamente consistente e que não representasse uma mudança “porque sim”.

Peço, por isso, uma Assembleia à altura da Académica, com críticas factuais e não pessoais, sendo igualmente importante ver se quem se sinta tentado a “atirar pedras” verificou se o seu passado se compagina com moralismos fáceis.

Acresce que é altura dos grandes vultos aparecerem. Não basta ter pose de senador e pagar quotas há muitos anos.

É obrigação das figuras experientes e relevantes da Instituição dizerem presente, tal qual disseram outros como Mendes Silva, Campos Coroa, João Moreno e, goste-se ou não, José Eduardo Simões.

Sobre o resto vamos conversando…

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