A posição da concelhia do Partido Socialista sobre o projeto da chamada Via Central dá o mote e é bem uma antecipação para as próximas eleições autárquicas em Coimbra.
Fase 1: deixar degradar. Não foi feita uma única obra de reabilitação entre as Ruas da Moeda e a Rua Direita. As fachadas apodrecem, perante a indiferença sonolenta do Presidente e dos Vereadores. A Sociedade de Reabilitação Urbana foi extinta. Nem nos prédios da baixa, de que é proprietária, a Câmara faz obras e dá o exemplo.
Fase 2: abdicar da alternativa urbana inovadora. Machado não é capaz de repor o Metro de Coimbra na agenda do governo do seu próprio partido. Nem de mobilizar os outros municípios em torno de uma nova candidatura a fundos europeus. Desistiu do Metro e só a facilitação do automóvel o interessa. Promove o aumento do trânsito em ambas as margens do Mondego, concebe rotundas atrás de rotundas em zonas que precisavam de ser aliviadas, a bem dos peões. Espera tirar daí rentabilidade em votos. É o que sabe fazer.
Fase 3: projetar uma coisa feia e inútil, destruindo mais um pedaço da Cidade antiga. Estoirar com um pedaço da Rua da Sofia, para pôr mais popós a subir a Olímpio Fernandes e a Sá da Bandeira. Com que argumento? “Qualquer coisa é melhor do que aquilo que lá está.” O argumento agora retomado pela concelhia do PS, que foi usado vezes sem conta para justificar os piores atentados às cidades.
Argumento que bem pode ser aplicado às próximas eleições autárquicas.
Devemos impedir a parolice da via central, porque ela atenta contra todos nós. Devemos participar nas ações com esse objetivo, a exemplo daquelas que o Movimento de Cidadãos por Coimbra tem levado a cabo e chamar outras forças a juntarem-se.
Trata-se tão só de inverter a lógica já descrita:
Fase 1: NÃO deixar degradar.
Fase 2: NÃO abdicar da alternativa urbana inovadora.
Fase 3: SIM a uma Câmara bem melhor do que a que lá está.
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