A visita de Obama a Cuba é de facto um marco histórico, não só no restabelecimento das relações bilaterais entre estes dois países, mas também no desenho político de toda a América Central. Obama percebeu que o afrontamento a Cuba foi um erro que teimosamente durou perto de seis décadas e Raul Castro compreendeu que o restabelecer de relações potencia e acelera a sua atualização do modelo económico.
Esta visita, juntamente com a do Papa Francisco, e a combinação das medidas que pouco a pouco o governo da ilha vai aprovando, com a expectativa que dentro de um curto espaço de tempo o fim do embargo seja uma realidade, tem colocado, cada vez mais, Cuba no radar de muitos empresários um pouco por todo o mundo.
Portugal deve olhar mais para esta zona do globo e aproveitar as oportunidades que se começam a criar. Não podemos ficar para trás e urge alterar a inexplicável notação de “risco país” com que classificamos Cuba.
A banca portuguesa deve apostar neste mercado e deixar de ser o principal entrave às relações comerciais com a ilha de Martí. Ainda vamos a tempo de não chegar atrasados a este novo tempo e quem souber compreender o país e a idiossincrasia deste povo extraordinário pode triunfar.
Cabe aos nossos empresários, à banca e aos responsáveis políticos saber se querem fazer parte da história, ou assistir de longe ao seu desenrolar.
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