Não desejaria voltar ao assunto, porque começo a ficar mal disposto, mas factos recentes a isso me obrigam.
Será a última vez, até porque começo a ficar farto do aparecimento, em tempo de chabasquice, de “Comissões de Utentes do Partido Socialista”!
A seu tempo teci as considerações que deveriam ser feitas, sem nenhum tipo de interesse, que não fosse a dignidade e dignificação da vida partidária. A não ser assim, os cidadãos cada vez mais fogem da essência da democracia, que é a existência de partidos políticos.
Parece que, de um lado estão os maus, a estúpida malandragem, e do outro estão os bons, “virgens em casa de meretrizes”.
Uma e outra não são verdade.
Verdade, enorme e digna verdade, é a existência de milhares de militantes do Partido Socialista deixados ao abandono, nas mãos de gente pouco escrupulosa antes, que agora passa por boazinha.
Não. Nada disto é verdade. É uma mentira pegada. Que cada um desses tenha a veleidade de atirar a primeira pedra. Ou então que se reescreva a história do PS Coimbra que, afinal, teria muito que contar.
O processo não é inócuo. Favorece os adversários, porque na mente de alguns, quanto menos forem, maior probabilidade terão de ser “mais alguém”!
É que, como diz o Povo, “uma desgraça nunca vem só”!
Na verdade, dividir os socialistas entre bons e maus, não será uma forma séria de colocar as questões. Uma forma “lúdica” sê-lo-á, dado que há gente que gosta de brincar com coisas sérias!
Todos sabemos que alguns sempre desejaram que o PS Coimbra tivesse origem e fins dinásticos, elitista quanto baste.
Ora, eu nunca acreditei nem nunca usei desses estratagemas. Muito menos os admiti como bons e creio que, muitos só o aceitaram porque, vá lá, não haveria grande coisa a fazer.
A Direcção Nacional do PS comportou-se dignamente agora, quando teve mais do que tempo para o fazer. Seria escusado adiar eleições, se em tempo útil tivesse existido, não coragem, mas vontade política para resolver o assunto.
Agora que está feito, nada mais haverá a acrescentar.
Resta-me uma dúvida a que só o tempo responderá: tudo isto vai ser benéfico para Coimbra e para o País, ou vai ainda afastar-nos mais dos centros de decisão? Tudo isto vai servir para unir os socialistas ou para os dividir ainda mais? Tudo isto vai servir para uma nova frente de diálogo sem estes protagonistas, ou vai haver uma santa aliança em que os que perderão serão os mesmos? Tudo isto vai servir para o aparecimento de uma nova candidatura, ou vai repetir-se a história do antigamente?
Que responda quem souber…que eu só calculo!
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