Miguel Almeida

Recupero um artigo, publicado neste espaço há dois anos, mas que continua atual.

“ Mais do que nunca é urgente assumir como prioridade a captação de investimento para o concelho.  O sucesso na conquista deste desiderato depende muito da agilidade e competência com que se agarram as oportunidades que surgem. Para que isso aconteça, cabe às Câmaras Municipais um papel fundamental, tanto na gestão e planeamento do território, como na resolução de questões burocráticas, mas principalmente na diplomacia económica.

Defendo que o presidente da Câmara deve ser o “diretor comercial” do concelho, vivendo em permanente contacto com as agências de investimento nacionais e estrangeiras e que a Câmara deve agir como facilitadora e locomotiva da implementação de novas empresas e da expansão dos negócios existentes.

Para este processo se desenvolver, é preciso que o presidente tenha atitude, vontade, que conheça o concelho de fio a pavio e que o saiba “vender”, enaltecendo as nossas virtudes e procurando os pontos positivos que as nossas aparentes fraquezas também nos dão, se as soubermos dissecar e converter.

Não podemos continuar com a maior taxa de desemprego da região, nem perder o comboio do desenvolvimento, nem perder terreno para os concelhos limítrofes. Bem sei que não é tarefa fácil, mas é possível, como tem sido noutros concelhos com menos potencialidades que o nosso. Bem sei que o momento é adverso, mas é exatamente nestes momentos de crise que os mais ousados e inovadores conseguem vencer.

Uma coisa tenho como certa, se não tentarmos não conseguiremos.”