Opinião – O país de costa(s) para o ar…

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Gil Patrão

Gil Patrão

 

Com a economia tão endividada, a “ida troika” verificará semestralmente se implementamos reformas e cumprimos as regras draconianas da União Europeia e Monetária. Com reforma do Estado por fazer e Tratado Orçamental a cumprir, urge exportar mais e gastar menos para superar a pesada herança dum passado recente tão sofrido, e que certos descuidados julgam tão extinto como o findo governo que, assim que o foi, logo foi derrubado por PS, BE e CDU.
O que ocorreu foi democrático, como será democrático se o futuro governo PS legislar e o Parlamento, onde estes partidos têm maioria, aprovar novas relações de trabalho para que nunca mais a força de trabalho seja mercadoria nem o trabalho assalariado e os trabalhadores fiquem totalmente livres dos meios de produção; ou para que a iniciativa económica privada que visa o lucro em monopólios, oligopólios, conglomerados empresariais e grandes empresas seja aniquilada e num ápice acabe medonha concentração de capital em impias minorias; ou para só apoiar PME´s se não crescerem muito; ou para aumentar, desde já e em muito, IMI e IRC, para assustar distraídos que pretendam vir para cá morar ou investir. Há que saber prevenir, para impedir que corjas de capitalistas, investidores e tansos teimem em querer para aqui vir…
O glorioso autoproclamado governo socialista punirá lucros, poupanças, heranças e porá fim a privatizações com a força de marxistas-leninistas e trotskistas. A Banca, livre do sufoco de apoiar grandes empresas em fuga, concederá mais crédito popular a quem pretender andar montado em potentes mercedes e possantes be-émes (é justo, porque só têm bons transportes públicos tripeiros e alfacinhas) e quiser passar férias em Cuba ou Seychelles, que luxos não são só para quem tem pastel! Ah! Quanto a dívidas contraídas e juros, esqueçam! Gozem a vida!
O cenário macroeconómico de AC (não, não é o anticristo, é o que quer ser primeiro-ministro!) diz ter verbas para todos nos cofres que a coligação encheu com taxas e impostos! Socialistas e “sponsors” irão aumentar salários, diminuir taxas, repor pensões e tapar buracos das contas do Estado e de empresas públicas onde colocarão gente honesta da esquerda e extrema-esquerda (não, não são os que enchem tantas notícias!) em vez dos oportunistas que até agora se alambazaram em tais lugares. Contam para isso com 7.500 milhões de euros, que evitariam ir aos mercados de chapéu na mão. Quando AC lhes deitar a mão, fará um figurão! Como logo os delapidará e depois lançará mais impostos, deve a coligação prestar um grande serviço à nação: abater esses 7,5 mil milhões à dívida pública e deixar AC & Cia governar por sua conta e risco!
Costa diz que com eles a dívida não vai disparar nem os juros aumentar, que os salários vão subir, as taxas diminuir e que o consumo ao crescer cobrirá diferenças entre o que se cria e gasta, défices com que a coligação nos atazanava o juízo. Agora sim, vamos ter fartura. De tudo! Até de IRS! Não venha depois centro-direita e centro-esquerda (olhe que existe…), bradar que há nova bancarrota, depois da de Soares, da que este repetiu e da herdada de Sócrates. Desta vez será Costa a afundar o país com a gana do PS e com bloquistas e comunistas a aplaudir!
Costa julgará que “nova troika ou instituições” não pararão em Lisboa, nas muitas viagens a Atenas, porque receosas de governo socialista mandado por tantos “…istas”, deixarão a agiotas e mercados o fardo de nos conceder crédito, e pensará que juros de futuros empréstimos serão migalhas, face às novas extorsões de impostos! Que importa a Costa não ser o eleito do povo, se este ficar sereno! Avante camarada António, ponha lá o país de costa(s) para o ar! Atente porém que, em posição tão melindrosa, nem sequer conseguiremos enxergar quem depois de si virá…

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