O antigo diretor do Gabinete de Prevenção e de Investigação de Acidentes Marítimos, Fernando Alves, confirmou que o relatório efetuado ao acidente da embarcação “Jesus dos Navegantes”, que naufragou em 2013 na Figueira da Foz, teve como principal erro a má rota seguida naquele início da manhã.
No entender do perito, que ontem foi ouvido no Tribunal de Coimbra, o barco “não ia no confinamento da barra”, como consta na carta náutica. Ou seja, e na opinião do perito, se tal tivesse acontecido, seria menor o risco de acidente. “Tal não significa que não haveria acidentes”, frisou.
Na primeira tarde de julgamento, as principais questões abordadas passaram pelo “não uso” de colete de salvação e o uso de botas de borracha (galochas) pelos pescadores.
Para o comandante Francisco Fortunato, que está a ser acusado da prática de quatros crimes de homicídio negligente, o uso do colete – aconselhado por edital da Capitania do Porto da Figueira da Foz quando a barra se encontra condicionada – teria levado a que todos os pescadores tivessem morrido. “Se tivéssemos o colete, morríamos todos”, afirmou.
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