A advogada de defesa do homem de Soure condenado a 25 anos de prisão por matar a mulher e a filha em 2014 e por deixar outra filha gravemente ferida disse hoje à agência Lusa que vai recorrer da sentença.
A 30 de outubro, o tribunal de júri decidiu condenar a 25 anos de prisão António Vilaranda, residente em Soure, distrito de Coimbra, por dois crimes de homicídio qualificado na forma consumada e um crime de homicídio qualificado na forma tentada, indo ao encontro da pena pedida pelo Ministério Público nas alegações finais.
A advogada de defesa de António Vilaranda, Paula Regêncio, vai apresentar recurso da sentença por não concordar com a qualificação jurídica que o Tribunal de Soure deu aos homicídios.
A advogada defende, como o fez nas alegações finais, a desqualificação dos crimes para homicídio simples, não estando de todo fechada a possibilidade de desqualificação para homicídio na forma privilegiada, que se aplica para quem mata outra pessoa dominado por emoção violenta ou desespero.
A qualificativa do crime foi justificada pelo tribunal pela relação de parentalidade entre o acusado e as vítimas.
António Vilaranda confessara durante o julgamento, que começou no dia 07 de outubro, que tinha matado a mulher e a filha mais velha, de 16 anos, com recurso a vários golpes de faca, na noite de 19 para 20 de outubro de 2014, tendo deixado a filha mais nova, de 13 anos, gravemente ferida.
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