Universidades destacam aumento do número de alunos colocados

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O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) destacou hoje aumento do número de alunos colocados no Ensino Superior, considerando positiva a inversão da tendência de queda dos últimos anos.

“Considero o aumento significativo de entradas algo positivo, porque a economia portuguesa precisa de mais gente no Ensino Superior. A tendência dos últimos anos era algo que só podia visto como preocupante”, afirmou hoje o presidente do CRUP, António Cunha.

Em declarações à Lusa, o responsável sublinhou que a sociedade portuguesa precisa de aumentar a população com formação superior “para continuar o caminho de desenvolvimento civilizacional e para enfrentar os desafios da economia”.

“Ao contrário do que alguns defendem, o problema de Portugal não é ter gente a mais com o ensino superior”, acrescentou.

De acordo com os dados, 42.068 estudantes conseguiram nesta fase um lugar no ensino superior público, o que representa 87,1% dos 48.271 candidatos e um aumento percentual de 11,4% face a 2014 no que diz respeito a novas entradas nas universidades e politécnicos nesta fase de acesso.

Com mais 5.851 candidatos a concorrer este ano à 1.ª fase relativamente a 2014 e com menos 265 vagas disponíveis nas instituições de ensino superior públicas, apenas metade dos candidatos (50,5%) conseguiram ficar colocados no curso da sua preferência.

Os resultados da 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior foram hoje divulgados pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES).

O presidente do CRUP defende que as instituições têm “sabido interpretar a realidade”, adaptando a oferta de cursos à procura, dando o exemplo da Engenharia, em que as universidades reduziram as vagas nos cursos de engenharia civil e aumentaram nos cursos de informática e novas tecnologias.

Admitindo que continua a haver cursos sem candidatos, António Cunha explica que “a lógica da procura é muito dinâmica”, em função da perspetiva do mercado de trabalho e até de “modas”, e, por isso, fechar nem sempre é a melhor solução.

O responsável deu o exemplo do curso de Engenharia Têxtil, com 30 anos na Universidade do Minho, que, nos últimos anos, não teve qualquer candidato e que este ano preencheu todas as vagas na primeira fase.

“Este ano tem dez candidatos no concurso do acesso “, adiantou, explicando que representa o número total de vagas abertas, tendo o último candidato concorrido com um nota de 13,46 e que “teria sido um erro a universidade ter fechado” este curso.

Depois de anos de crise na indústria têxtil, com notícias constantes do encerramento de fábricas e despedimentos no vale do Ave e do Cávado, a recuperação deste setor fez disparar a procura desta licenciatura.

A 2.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior decorre entre 07 e 18 de setembro, período durante o qual é possível entregar as candidaturas no portal da DGES.

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