Não é a primeira vez que trabalha com A Escola da Noite, mas é a primeira vez que encena, em Coimbra, um espetáculo seu?
Este é um caminho que tem a sua lógica. Primeiro conhecemo-nos, trabalhamos em coisas mais pequenas. Agora, depois de um caminho andado, com A Escola da Noite, mas também com a Cena Lusófona – onde colaborei em São Tomé e Príncipe, na Guiné e em Coimbra –, e de uma amizade firmada, estamos a concretizar este espetáculo, algo que já estava nas nossas cabeças há algum tempo.
Um espetáculo seu e encenado por si com A Escola da Noite?
Eu tenho por hábito escrever os textos que quero encenar. Não sei dizer o que vem primeiro, se a escrita, se a encenação. Quer dizer, quando escrevo sinto-me encenador e tudo o que escrevo está pensado para o palco. Mas também há o contrário, quando estou no palco, em grande medida, continuo a escrever como se estivesse ao computador. Autor e encenador são duas condições que, em mim, estão muito misturadas. Mas também faço encenações de textos que não são meus, há pouco tempo encenei um texto do Abel Neves [dramaturgo português].
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