O presidente do Turismo do Centro, Pedro Machado, afirmou hoje, segunda-feira, compreender a “reserva” do primeiro-ministro quanto à eventual utilização civil da base aérea de Monte Real, Leiria, e salientou existir uma “diferença colossal” em relação ao aeroporto de Beja.

“Eu acho que há uma reserva grande, tendo presente as dificuldades económicas do país”, disse  Pedro Machado, referindo ver “nas preocupações do primeiro-ministro que o país não tem condições para suportar o investimento público sozinho”.

Pedro Passos Coelho, havia questionado a possibilidade da abertura da base de Monte Real à aviação civil, admitiu não ter uma “resposta favorável”, por não dispor de condições “para dizer da sua viabilidade económica”.

A este propósito, Passos Coelho recordou a situação do aeroporto de Beja, que “custou 50 milhões de euros”, mas que “está razoavelmente subutilizado”.

O presidente do Turismo do Centro destacou que existe “uma diferença colossal” entre Monte Real e Beja, apontando que o primeiro apresenta uma “localização geográfica com um fluxo populacional superior ao de Beja”, que se estende às questões económicas, empresariais e turísticas, “desde logo com os quatro milhões de visitantes que anualmente vão a Fátima”, onde está o maior santuário do país.