O “alternativo” de Coimbra que quer ser o próximo Ídolo de Portugal

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Ídolos 2015 FINALISTAS 4034

Se há coisa de que Luís Travassos pode orgulhar-se é de saber manter-se fiel a si próprio. Às suas convicções, à sua paixão pela música, à sua identidade. E foi essa “teimosia” que levou um dos jurados do programa Ídolos, onde integra os 12 finalistas, a irritar-se e a acusá-lo de ser um “alternativo de Coimbra”.

“Não queria perder a minha identidade ou ir contra aquilo que sou. Também não posso fugir do registo do programa, mas até agora consegui seguir sempre o meu género”. É persistente, admite. E ainda que não o fizesse não seria difícil adivinhá-la: tem 24 anos e, há cerca de dois, resolveu cancelar a matrícula da licenciatura para se dedicar exclusivamente à música. Frequentava, então, o curso de Agricultura Biológica, na Escola Superior Agrária de Coimbra.

Não foi uma decisão fácil. “O sermos tão próprios, e querermos evoluir num sentido em que sabemos que só dependemos de nós, é muito difícil”, diz Luís Travassos, nascido e criado em São Martinho de Árvore (juntamente com um irmão gémeo).

Mas tem sido esse “ser tão próprio” que tem feito de Luís um concorrente diferente de todos os outros. “Independentemente do que se passar daqui para a frente, não vou deixar de esquecer de onde venho, de quem sou e do que pretendo enquanto artista”, garante.

Nestes (mais de) dois anos em que se dedicou exclusivamente à música, desdobrou-se em vários projetos: passou pelo bar Be Tasty e foi, até entrar no Ídolos, fadista residente do Diligência Bar, a casa de fados mais antiga de Coimbra.

Entretanto, nesse período foi dedicando-se a outros projetos musicais, como a Banda Cachimbamba, que iniciou com José Djaló e Paulo Travassos, e que tem influências de fado, reggae, rock, blues, fanfarra. Iniciou um projeto próprio, de fado, com Ricardo e João Silva. E, há cerca de dois meses começou a ser a voz da famosa Banda Futrica. Além disso, frequenta aulas de guitarra clássica.

Depois da sua participação no ídolos, pretende iniciar um outro projeto com Daniel Ferraz, que também passou pelo programa, a que dará o nome “Projeto dos Sentidos”.

Para quem abdicou de um curso por amor à música, não é difícil decifrar sonhos para o futuro.

“É claro que o meu sonho é chegar a um patamar em que consiga ter um público que me respeite enquanto artista e valorize o meu trabalho”, salienta. “E eu quero isso através da minha voz e do meu talento, mas também dando a conhecer a música de forma diferente, mas também do que é escrito e do que a música consegue transmitir”.

Sim, Luís Travassos é um “alternativo” de Coimbra. Como foram – e são – muitos do que fizeram parte da vida e da história da cidade. Com orgulho. E alguma (muita?) teimosia…

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