Mais de uma dezena de académicas e associações de estudantes acusaram ontem à noite a Associação Académica de Coimbra de criar “um circo mediático”, ao propor uma rutura com o movimento associativo nacional, rejeitando entrar numa “lógica de guerra de estudantes”.
“Rejeitamos veementemente o circo mediático que a Associação Académica de Coimbra (AAC) se decidiu a instaurar pela ação do seu presidente, Bruno Matias, que em nada contribui para a resolução dos problemas que afetam os estudantes do Ensino Superior. Rejeitamos entrar numa lógica de guerra entre estudantes e as suas estruturas representativas”, lê-se num comunicado apoiado por doze académicas e associações de estudantes, ontem divulgado.
O documento surge na sequência de a AAC ter proposto, em comunicado, abandonar o movimento associativo nacional dos estudantes do ensino superior devido à rutura com as restantes associações após a sua rejeição em almoçar com Passos Coelho, no Dia do Estudante, em março.
Nesse contexto, o presidente da AAC, Bruno Matias, considerou que, após a rejeição da associação que lidera em almoçar com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, no Dia do Estudante, 24 de março, a academia foi recebida com “hostilidade e repressão” dentro do seio do movimento associativo nacional perante a atitude tomada, não tendo visto “vontade de se trabalhar em conjunto por parte de algumas estruturas”.