O docente e investigador Paulo Gama Mota, após oito anos à frente do Museu da Ciência, vai deixar o projeto por indicação da reitoria da Universidade de Coimbra, informou o próprio à agência Lusa.
A decisão foi tomada pela reitoria e motivada por “um desejo de mudar alguma coisa” naquele espaço, contou Paulo Gama Mota, que disse não saber o porquê “da necessidade de mudança”, nem da falta de apoio por parte da reitoria, algo que vinha a sentir “há algum tempo”.
Apesar dessa falta de apoio, o primeiro e único diretor do Museu da Ciência recebeu a informação do seu afastamento com algum espanto, considerando que, ao longo de oito anos, a direção “fez um trabalho muito bom, sobre todos os parâmetros e indicadores que se possam considerar”, mostrando que “era possível construir numa universidade um grande museu de ciência e dar-lhe uma dimensão internacional”.
O museu recebeu em 2008 o prémio Micheletti para melhor museu de ciência técnica da Europa, em 2007 recebeu uma menção honrosa para Museu do Ano pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM) e em 2010 recebeu os galardões de Melhor Serviço de Extensão Cultural e de Melhor Aplicação e Gestão de Multimédia pela APOM, entre outros prémios, tendo também sido eleito como um dos 30 melhores museus universitários do mundo por uma página de internet de classificações e rankings de universidades e cursos, The Best Colleges.
“Não imaginava que se conseguisse ir tão longe” e “fazer coisas que tivessem um eco e repercussão na sociedade a nível nacional e internacional”, sublinha Paulo Gama Mota, que dirigiu o museu desde a sua inauguração, em dezembro de 2006, e esteve no desenvolvimento do projeto desde 1999.
O diretor cessante sublinhou, entre outros dados, os cerca de 200 mil visitantes registados em oito anos de existência, uma média de 150 atividades por ano e a presença de 200 cientistas por ano em atividades no museu.
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