Reconhecido o trabalho que Pampilhosa da Serra tem feito para promover as suas potencialidades, o que falta para que esse trabalho tenha mais resultados fora do próprio concelho?
Para mim, há uma questão que é fundamental resolver para que isso seja possível, ou seja, uma boa acessibilidade à Pampilhosa. E este tem sido, sem dúvida, o nosso grande problema. Nós temos sabido aproveitar o melhor possível aquilo que temos de bom no nosso concelho. Até, porque, costumo dizer que, para termos sucesso não precisamos de imitar ninguém, basta que saibamos tirar partido das coisas boas que temos. Mas é preciso reconhecer que continua a faltar qualquer coisa que é fundamental em todas as áreas de desenvolvimento do concelho e que é uma acessibilidade em condições. E não é tão difícil como isso.
Quando fala de boa acessibilidade… podia ser uma autoestrada?
Não vamos tão longe. Refiro-me, em concreto, a uma melhoria significativa na Estrada Nacional 344 que nos liga a Pedrógão. Assim, ficaríamos ligados ao IC8 e à A13 e, portanto, muito mais perto de Lisboa e da nossa sede do distrito, Coimbra. Seria fundamental que o Governo tivesse sensibilidade para resolver este problema.
O novo programa comunitário Portugal 2020 ou, no nosso caso, o Centro 2020, não reserva dinheiro para estas obras. Como pode, então, resolver-se este eterno problema do concelho?
A Pampilhosa da Serra não tem culpa de não ter havido planeamento no que, às estradas diz respeito e há muitos anos. Tanto assim é, que triplicámos autoestradas no Litoral, estando algumas delas às moscas e com investimentos elevadíssimos. Mas nós não temos culpa. E também não temos culpa das dificuldades que todos estamos a atravessar para salvar o país e para salvar o futuro dos nossos filhos e netos. Nós nunca gastámos mais do que aquilo que tínhamos. Somos um município que não tem dinheiro, mas também não tem dívidas e, portanto, não nos podem vir dizer que não há dinheiro para esta infraestrutura.
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