Não, prezado leitor (se ainda há leitores com pachorra – a tal palavra de que meu Pai gostava tanto e hoje em desuso – para me lerem) não me estou repetindo, embora o título seja o mesmo de um uma vez aqui trazido. O caso é que, em tempo vim aqui com um Vida Roubada de Adam Johnson (Saída de Emergência), que também é nome de jogador de futebol do Sunderland – escrevi assim, lembram-se.
Abordei então o quanto aos portugueses tem sido roubado o Viver, roubo que vem decorrendo (decorre) de um Governo, obcecado pelo deficit, desumano, pelo politiqueirismo neoliberal como encarou a situação, desastrosa, convenhamos, e não o esqueçamos, dado as eleições, se não virmos o PS de Costa desligar-se claramente do socretinismo e dos capangas socretinos, já em bicos dos pés, que nos levaram quase à bancarrota, abrindo portas a um não menos dramático mando da Troyka a quem, subserviente, se vergou CPP, sacrificando-lhe o Povo, a quem roubaram a VIDA!
A Vida Roubada de hoje, quer a do livro, quer a que tomo para a Crónica, perspectivo-a em sentido pessoal, objectivo. Decorre e concretiza-se em factos reais e não fabulosos visionados sem objectividade. Não mais um indefinido “portugueses sofrem”, “gente privada dos seus direitos”, “regressou a fome e a miséria, a doença, o desespero”, mas experiência real. Será como retomar Camões quando a D. Sebastião (ainda o esperamos) insinua que o reinar “não se aprende, Senhor, na fantasia,/ sonhando, imaginando ou estudando,/ senão vendo [e] tratando”. Ou seja, da trágica Vida Roubada a [de] Jaycee Dugard (ASA) retiro a realidade do longo rapto – uma VIDA; e a realidade da VIDA que CPP, orgulhosamente com a TROYKA, me (nos) roubou.
Jaycee foi raptada dos 11 aos 29 anos. Roubaram-lhe os melhores anos da VIDA. A mim, CPP, rouba-me o resto do VIVER, que deveria ser de sossego, desde que, por engano, forçado pela necessidade de travar a desvergonha socretina, o povo lhe confiou – enrolado na demagogia mentirosa das promessas, logo traídas – o poder.
A verdade é que, contra a moral – se um benevolente (cúmplice?) TC mantiver que a legalidade suporta a roubalheira e a bandalheira que a rodeia – CPP roubando-me quase 1500€ mês, roubo pelo qual qualquer Alibábá de pacotilha seria preso. (Seria?! Pois um gastador da coisa pública, gatuno por isso, como o Sr. Bataglia, não confessou à CI o “crime de gestão danosa de milhões [posto o que] se levantou e foi embora, sem que os deputados dissessem nada [e] nem a polícia o prendeu!”? – Cf. Paulo Morais – TV CM. Roubo a que acresce um Lei iníqua que me subiu quatro vezes a renda da casa, a partir de melhorias que fiz, e um aumento de impostos, directos e indirectos, insuportável. Roubo de onde resultou, não mais ter podido fazer termas nem fisioterapia; esquecer a viagem idealizada; dar aos bisnetos o brinquedo ou fatinho da montra; comprar a camisa que me dera na vista; partilhar com os Amigos alegre jantar de convívio; escusar a bica diária, a compra do jornal; em fim, não VIVER a VIDA que o Senhor me deu e para a qual honestamente servi o Estado, e dele não me servi, por mais de quarenta anos.
E para quê!? Para o Governo desbaratar na roubalheira das PPP, bandalheira da qual, lembra P.M., “nos últimos vinte anos ninguém está isento”; no proteger Amigos e poderosos; no escândalo BPN e BES; no consentir/fomentar a corrupção (com um Parlamento incapaz de legislar do enriquecimento ilícito) dos políticos e não só, que serão a minoria, aceite-se, mas são os que têm o poder (PM); no enriquecer, deixando vingar, em fartar vilanagem, a cleptocracia nepotista de Angola, passada de Colónia a Colonizador; no pagar aos onzeneiros mercados, mas não aos reformados a quem roubou (cf. Miguel Cadilhe RTP Inf.); na imoralidade consentida e fomentada, insisto, da falcatrua da negociata dos “papéis” do BES, onde caíram milhares de portugueses, gente boa e honesta, apoiados (o que é grave) no calar do Governo pela tutelada CGD e BdP, ou (gravíssimo) na opinião-sugestão do Prof Cavaco, “brilhante” economista. Já que um PR, supremo guardião da RES PÚBLICA, nunca enganaria os a quem jurou fidelidade. Em suma, “endireitar” – “esqueçamos” a dívida – as finanças, em jeito de Alibábá ou Metralhas, num revés de Robin Hood, roubando aos que menos têm para os poderosos! Tudo isto em pseudo governar democrático, face ao qual, porém, o Parlamento se mostra múmia paralítica e ninguém dá conta, como António Sérgio ou Raúl Proença (cuja democraticidade é inquestionável) quando escreveram, face aos desmandos da I República: “Se a democracia fosse [isto] não havia no mundo um homem honesto, inteligente, nobre que não fosse antidemocrata.” (Pátria 9/X/23 ); “É preciso um governo que instaure a moralidade republicana.” (Seara Nova – Fevº1925 )
Pensar, de situação similar à que temos, e calamos, na macacada do também não ver e não ouvir: “clientelismo, escândalo, corrupção.”ROUBO!
Insisto! Até quando!?