Há horas aziagas na vida política dum Ministro paradoxal, por ser jovem com ideias tão maduras que mais parecem caducas!
Vamos à história! Para fomentar o crescimento económico com investimento público, o último governo socialista prometeu, a parte da Região Centro, transformar linha de caminho-de-ferro centenária em metro ligeiro de superfície, capaz de circular no meio urbano. Face à urgência, nem se socorreram do apoio dos fundos comunitários!
O Povo, maravilhado, aplaudiu entusiasmado a capacidade de tal Governo, que deitou mãos à obra e arrancou carris de forma tão apressada como atabalhoada, constatando depois não ter dinheiro sequer para uns novos carris!
Com profundo desprezo por quem tanto os acarinha nesta região, esse Governo suspendeu as obras, a todos deixando sem comboio ou metro! A oposição disse reparar o mal quando governo, comprometendo-se pela voz mais responsável a encontrar solução para tão grave erro socialista! Conquistado o poder, o que tem feito a coligação?
Abreviando outras sabidas questões, como a falta de dinheiro, a coligação entretém o Povo, dizendo estudar novas soluções. Estudos longos sempre ocorrem entre nós, e este já leva quatro anos! Garantiu este Governo à população traída pelos socialistas que haveria dinheiro do futuro Quadro Comunitário de Apoio, e nisto até a Presidente da Comissão de Coordenação se meteu!
Mas há dias, o que veio a lume? Pela oposição, que o Ministro terá dito que a solução socialista era “boa demais para Coimbra”. Segundo outros, que disse continuaram em estudo soluções mais adequadas, em carris ou por estrada! Um dos Autarcas referiu ser necessário encontrar solução, circule ou não sobre carris, em pragmático apoio da oposição ao Governo, embora retrógrado e ao arrepio deste tempo! Como não os ouvi, fico sem saber o que pensar!
Veio depois o Ministro dizer que as populações serão as primeiras a conhecer as soluções que o Governo tem em estudo, “em conjunto com as autarquias”. Oh diabo! Além do Governo não dialogar com o Povo, será que os autarcas dos municípios abrangidos pelo “não-metro” também se furtam ao confronto? Se assim for, o tratamento do assunto não só é lamentável, como antidemocrático, pondo em causa a relação de confiança dos eleitores com os eleitos!
Este caso revela políticas mais caducas que maduras e grande falta de respeito pelo Povo, que deve ser informado sobre as soluções em estudo. Urge um debate público sobre o alcance das mesmas, na vertente económica, social e ambiental! Por esta ordem, pois é a falta de dinheiro que tudo condiciona.
O Povo foi usurpado de meio de locomoção antigo, mas não rodoviário, como o que agora inferniza as suas vidas, polui o ambiente e agrava o aquecimento global. Como será o do futuro, e que razões haverá, para Autarcas e Governo não o darem a conhecer?!
Este imbróglio deve ser resolvido considerando a vontade dos cidadãos. Basta de promessas! Construam um sistema de mobilidade rápido, que respeite pessoas e ambiente! Ou julgarão, quem destruiu o comboio e quem tarda no remédio, que o Povo ainda neles acredita? Acharão esses políticos que o seu poder é eterno, e que Portugal nunca votará, como votou a Grécia?!