O guarda prisional que domingo terá sido agredido por um detido foi operado ontem, no CHUC, a um traumatismo no nariz, devendo ter alta hoje. Às agressões ou tentativas de agressão aos guardas prisionais registas nos últimos dias nos estabelecimentos de Coimbra, Leiria e Castelo Branco, juntam-se ainda, uma tentativa de desordem nas Caldas da Rainha, a chamada da PSP à cadeia de Aveiro (que terá estado relacionada com a proibição de entrada do advogado de um dos detidos), e agressão, noutra cadeia, de dois presos por colegas que não conseguiram descarregar a sua ira sobre os guardas. Os agressores encontram-se a cumprir castigo no setor disciplinar.

Situações que, de acordo com o delegado sindical poderão ter a ver com a greve que terminou às 19H00 de ontem, mas que vai regressar entre 16 e 19 de abril.

Esta será, no entanto, aos fins de semana e durante 24 horas, com a garantia dos serviços mínimos.

Fonte do Sindicato Nacional do Corpo de Guardas Prisionais adiantou ao DIÁRIO AS BEIRAS que a situação é preocupante e que, por isso, vai ser discutida numa reunião, amanhã, em Lisboa.

As situações repetem-se porque os detidos acabam por ter menor liberdade de movimentos, “pois têm menos tempo de recreio e são fechados mais cedo, não têm direito a receber os sacos com as encomendas das visitas e só recebem familiares diretos”.