Marco Ribeiro, José Quitério e João Gabriel Silva
O jornalista e gastrónomo José Quitério, distinguido hoje, domingo, com o Prémio Universidade de Coimbra (UC), dedicou o galardão ao seu pai, António Quitério, que há meio século obteve duas licenciaturas na instituição.
Ao agradecer a distinção, o galardoado definiu-se como “um pobre rapaz” oriundo de Tomar que não chegou a licenciar-se, apesar de ter frequentado a universidade, tendo enveredado pela carreira de jornalista e optado depois pela especialização em gastronomia portuguesa, especialmente enquanto cronista do semanário Expresso.
“Uma coisa tão comezinha como discretear por temas como cozinha, vinhos e correlativos”, ironizou.
“Dedico este prémio à memória do meu pai, António Quitério, que quase há um século andou por esta sua querida Coimbra”, onde concluiu as licenciaturas de Direito e Matemáticas, afirmou.
Sem formalidades, falando de pé, encostado à mesa da presidência da sessão, José Quitério simulou um diálogo com o seu pai, como se ele estivesse a censurá-lo – e simultaneamente a saudá-lo – por não ter terminado o curso superior, mas ainda assim ter obtido décadas mais tarde o prémio da UC, patrocinado pelo banco Santander Totta, no valor de 25 mil euros.
Reportagem de destaque na edição impressa do DIÁRIO AS BEIRAS de segunda-feira, 2 de março de 2015
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