O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses queixou-se nesta quinta-feira que um tribunal decidiu, de forma unilateral, alterar os serviços mínimos para a greve de amanhã, sexta-feira, considerando que o objetivo é boicotar a paralisação.
“Inexplicavelmente, ao final de 20 anos de serviços mínimos negociados entre o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e os sucessivos governos, um juiz presidente do Tribunal Arbitral decidiu, unilateralmente, alterar os serviços mínimos e o número de enfermeiros para os assegurar, nas instituições de saúde”, refere o sindicato em comunicado.
Em declarações à agência Lusa, a dirigente sindical Guadalupe Simões salientou que nem as instituições de saúde nem o Ministério contestaram os serviços mínimos e o número de enfermeiros que os assegura.
A “decisão unilateral” do Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social determina que têm de cumprir os serviços mínimos, em cada turno, o mesmo número de enfermeiros que esteve de serviço no domingo anterior à greve.
“Sendo público e notório que, nas greves dos enfermeiros, os atuais serviços mínimos e número de enfermeiros para os assegurar garantem, há mais de 20 anos, a satisfação das necessidades sociais impreteríveis, esta decisão só é compreensível como tendo o objetivo de boicotar a greve dos enfermeiros”, comenta o sindicato.
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