Fase diocesana da beatificação de Lúcia deve terminar até 2016

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 IRMÃ LÚCIA DR

A vice-postuladora da causa da beatificação da irmã Lúcia, Ângela Coelho, disse esta quarta-feira esperar que a fase diocesana, que consiste na recolha e análise de documentação, esteja terminada entre este ano e 2016.

A fase diocesana, primeira etapa do processo, implica a recolha de documentação escrita pela irmã Lúcia e entrevistas a testemunhas que conviveram e interagiram com a mesma, sendo também analisados os documentos por uma equipa de teólogos.

O processo de recolha de documentos termina “dentro de semanas” e as entrevistas às testemunhas “estão a avançar muito bem”, disse à agência Lusa Ângela Coelho.

Ao todo, estão a ser recolhidos 11 mil documentos inéditos de Lúcia de Jesus, entre cartas, apontamentos, notas e bilhetes, que, juntamente com o diário e os quatro livros publicados como autora, farão parte da documentação escrita do processo da causa da beatificação.

Os documentos foram recolhidos nos “vários lugares por onde passou”, em arquivos privados, em arquivos de instituições e no Vaticano, aclarou.

Segundo a vice-postuladora, agora, surge a fase “mais morosa do processo”, visto que cada um dos documentos terá de “ser lido por dois teólogos”, que vão analisar se “a irmã Lúcia não escreveu nada contra a fé católica e contra os costumes que a Igreja ensina”.

Para além dessa análise, os teólogos vão ter de “ir explicitando que figura emerge por detrás dos escritos”, passando depois para a fase romana, em que os documentos são submetidos a estudo pelo postulador romano do processo, Romano Gambalunga.

O processo também está a ser mais demorado “porque a irmã Lúcia escreveu muito”, passou por “vários lugares” até 1949, altura em que entrou para a clausura no Convento de Carmelitas, e contactou com várias pessoas, tendo-se relacionado “com todos os papas até João Paulo II”, frisou.

Ângela Coelho sublinhou que a calma e o tempo dado ao processo “significam seriedade e rigor” durante o mesmo.

A vice-postuladora da causa vai intervir no evento para assinalar o 10.º aniversário da morte da irmã Lúcia, que se realiza nesta sexta-feira, no Convento Carmelita de Santa Teresa, em Coimbra.

Neste evento, será dada “a conhecer a reflexão já feita” sobre uma mulher “muito importante para a Igreja e para o país”, apontou.

O programa conta com a participação do outro vice-postulador da causa, o padre Aníbal Castelhano, o diretor do Serviço de Estudos e Difusão do Santuário de Fátima, Marco Daniel Duarte, o provincial dos Carmelitas Descalços, Joaquim Teixeira, e o reitor do Santuário de Fátima, Carlos Cabecinhas.

Lúcia era um dos três pastorinhos, que assumiram ter testemunhado a aparição da Nossa Senhora de Fátima, em 1917, na Cova da Iria.

Francisco e Jacinta Marto, os outros dois pastorinhos, já foram beatificados pelo Papa João Paulo II a 13 de maio de 2000.

 

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