Duas famílias da povoação de Segade de Cá, no concelho de Miranda do Corvo, estão ainda isoladas devido às cheias no rio Ceira, que no sábado inundaram terrenos e 12 casas junto à cidade de Coimbra.
Hoje de manhã, uma máquina ao serviço do município de Miranda do Corvo deu início à reposição do caminho destruído pela cheia repentina, para assegurar acessos aos dois agregados familiares que estão impossibilitados de se deslocarem de automóvel ou de ser socorridos em caso de necessidade.
“Tratou-se de uma cheia anormal. Nunca este caminho sofreu um grau de destruição desta dimensão em situações anteriores, mesmo em cheias maiores do que esta”, disse o presidente da Câmara de Miranda do Corvo, Miguel Baptista, que na manhã de terça-feira acompanhou os trabalhos e falou com os residentes.
Nelson Reis, um dos residentes isolados, contou que perdeu um automóvel, arrastado pela força das águas, e viu outro ficar praticamente submerso.
“Aguardamos que sejam apuradas as eventuais responsabilidades da EDP nesta ocorrência, através de um inquérito independente”, disse, a propósito, o presidente da Câmara de Miranda do Corvo.
A Proteção Civil informou na segunda-feira que a inundação ocorreu devido à precipitação “muito forte”, considerando que a rutura de uma conduta entre barragens teve um “contributo marginal” para a cheia.