Projeto escolher ciência no Botânico

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Joana Santos, Paulo Trincão, Aurora Moreira e Beatriz Lacerda. As duas alunas da Quinta das Flores, que entraram em Biologia, com o diretor do Botânico e a coordenadora do projeto. FOTO DB/CARLOS JORGE MONTEIRO

Joana Santos, Paulo Trincão, Aurora Moreira e Beatriz Lacerda. As duas alunas da Quinta das Flores, que entraram em Biologia, com o diretor do Botânico e a coordenadora do projeto. FOTO DB/CARLOS JORGE MONTEIRO

Desenvolvido no âmbito do Programa Ciência Viva, no Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, o Projeto Escolher Ciência está a revelar-se exemplar a diversos níveis: pela quantidade e intensidade de participação dos jovens alunos do ensino secundário aos quais se dirige, pelos resultados obtidos – que ontem mesmo foi possível testemunhar –, mas, fundamentalmente, porque, também por sua via, duas jovens participantes são agora alunas da licenciatura em Biologia da Universidade de Coimbra.

Como destacou ao DIÁRIO AS BEIRAS, Aurora Moreira, coordenadora do Escolher Ciência, este foi um projeto apresentado a todos os alunos que estavam a frequentar o ensino secundário na Escola Básica e Secundária Quinta das Flores, em Coimbra.

À volta de 30 jovens aceitaram o convite do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra e inscreveram-se nas sessões “de acordo com a sua disponibilidade”. Em cada sessão, para a qual os alunos recebiam uma senha de autocarro mas que, de resto, “decorriam de forma perfeitamente autónoma e voluntária, houve sempre uma boa frequência”.

Sessões extra no verão

As sessões tiveram início em outubro de 2013 e decorreram até junho de 2014, com os alunos a pedirem que se realizassem ainda durante o verão, “o que aconteceu numa semana intensiva”. Junto do Programa Ciência Viva foi possível alargar o prazo do Projeto Escolher Ciência, pelo que prossegue até dezembro, em “resultado do interesse direto que os alunos demonstraram”.

Ainda de acordo com Aurora Moreira, “foi explorado o tempo evolutivo das plantas, aproveitando a grande variedade de botânica no jardim, descobrindo a sazonalidade própria do espaço e das suas espécies mais representativas”.

A componente prática de todo o projeto foi sempre “muito forte”, em grande relação e interação com o Jardim Botânico, que funciona como uma espécie de grande laboratório. O Projeto Escolher Ciência encerra com o “regresso” à Escola Básica e Secundária Quinta das Flores, onde os seus responsáveis e os alunos que o fizeram darão conta dos resultados obtidos.

Para Paulo Trincão, diretor do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, “todo o projeto aconteceu de forma muito experimental, com colheitas pelo jardim, que passavam ao laboratório” e sempre com “a presença de professores e investigadores do Departamento de Ciências da Vida e do Centro de Ecologia Funcional, para cada um dos temas a tratar”.

Projeto Ciência em Cena

Esta “componente de investigação e de ensino”, em todos os graus, no secundário, como neste Escolher Ciência, mas também no pré escolar – como está a acontecer agora no projeto “Há tempo para tudo”, com O Teatrão –, garante o responsável, “tudo fazer para poder alargar”.

Quanto à colaboração com a Escola Básica e Secundária Quinta das Flores, vai prosseguir, agora com o Ciência em Cena, apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e integrado na Maratona da Saúde, que este ano trata a diabetes.

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