Quem perde duas vezes da mesma forma com a Grécia, não é só burro; é burro e exerce!
Em Portugal, à míngua de se saber de outras coisas, quiçá mais importantes, qualquer “bicho careto” acha que pode dar palpites sobre futebol.
As televisões estão enxameadas de comentadores, alguns ignorantes quanto baste, que, mais não fazem que elevar loas aos seus clubes. Muitos deles, na esperança que “um dos presidentes dos grandes” os convide para qualquer coisinha.
A malta, que não liga à “casa dos segredos” nem liga às telenovelas que nos querem vender a qualquer custo, ouve os parodiantes da bola.
É mais divertido, sem dúvida. Principalmente quando se referem ao futebol tal qual o programa, “vamos contar mentiras”!
A mim não me preocupa o que dizem porque adormeço rapidamente. Aliás, considero esses programas como o melhor soporífero. Experimentem porque vão gostar.
Incomoda-me o facto de crucificarem presidentes e treinadores da mesma forma com que bebem um copo de água “alegionado” – com legionela, claro!
Se fossem só esses, cá por mim até chutava para canto”. O problema é quando essa prática extravaza os limites dos grandes e passa para o âmbito dos pequenos.
Quem assistir a um desafio de futebol entre clubes de pequena dimensão em resultados, como por exemplo, o que colocou frente a frente Rio Ave e Académica, fica a saber porque é que esta liga de futebol e o próprio futebol estão à beira da falência.
Do lado contrário aos “bancos de suplentes, e quando por azar filmavam as bancadas, percebíamos que nenhuma daquelas equipas gera entusiasmo. Nem mesmo a do Rio Ave que, dias antes tinha disputado um jogo internacional quase sem espectadores.
Significa que por um lado as equipas são fracas, os jogadores de saldo, por outro percebi como alguém quer fazer “filhoses de água”! Para isso eu não tenho explicação.
Mesmo os tais três grandes que se arrogam a ter os tais comentadores por conta já não enchem os estádios. Nem em casa nem fora, o que não acontece nos estádios de Espanha ou Inglaterra.
Podem-me dizer que os ingleses têm outra cultura, concordo; mas como os jogadores portugueses têm o mesmo número de pernas, bem podiam treinar e correr um pouco mais. É que em Inglaterra até no dia de Natal as equipas jogam, porque é nessa altura que muitas famílias vão assistir.
Cá pelo nosso cantinho, a malta vai de férias até aos seus países de origem, nomeadamente Brasil, para apanhar um “quentinho”! O que deve ser bom para a sua preparação, porque quando regressam a temperatura ronda os 0 graus. Coisas modernas que não estão ao alcance de qualquer mortal.
Por cá, incomoda-me ler que uns adeptos vão “chatear” o treinador e os jogadores quando regressam a Coimbra após uma derrota.
Das duas uma; ou nunca praticaram desporto e não sabem a azia que todos têm quando se perde, ou não têm mesmo mais nada para fazer!
Haverá uma outra hipótese, esta não sei se mais plausível; será que algum deles tem actividade profissional e gostaria que, quando alguma coisa corre mal, lhe fossem “chatear” a cabeça ao serviço?
O treinador Paulo Sérgio, como outro qualquer Paulo Sérgio, não pode nem deve dar o flanco. Deverá manter a sua postura de líder e só ao seu superior hierárquico deverá responder.
Aprenda que eu não duro sempre! Se não treinar aqui treina noutro sítio qualquer. Os líderes querem e gostam de gente com personalidade.