Intoxicações de crianças que confundem cápsulas de detergentes com rebuçados

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capsulas detergente

O Centro de Informação Antivenenos (CIAV), do INEM, recebeu em 2014 mais de 200 chamadas sobre incidentes com cápsulas de detergente para máquinas de lavar louça e roupa, na maioria envolvendo crianças.

Até ontem foram recebidas, no Centro de Informação Antivenenos, departamento do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), 210 chamadas telefónicas referentes a situações com cápsulas para máquinas de lavar louça e roupa, valor que ultrapassa largamente as 135 chamadas registadas no total do ano passado.

Em declarações à agência Lusa, Fátima Rato, do CIAV, explicou que “a esmagadora maioria” das chamadas envolvem crianças com idades entre os 17 meses e os três anos. Segundo esta médica, em mais 98 por cento dos incidentes há “uma exposição ao produto por via digestiva”.

“Na quase totalidade dos casos, o que acontece é que as crianças levam as cápsulas à boca e trincam-nas. A quantidade ingerida é mínima, provavelmente porque o produto sabe mal e as crianças naturalmente cospem-no”, explicou a especialista. Até ao momento, não há registo de casos clínicos graves, sendo os vómitos o sintoma mais frequentemente apresentado pelas vítimas, segundo o CIAV.

Em abril, a Associação de Defesa do Consumidor (Deco) tinha já alertado para o risco de as crianças confundirem as cápsulas de alguns detergentes com gomas ou rebuçados, por serem “coloridas, suaves ao toque, com um cheiro agradável e vendidas em embalagens atrativas com alusão a alimentos”.

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