Leila Rodrigues não está com meias palavras. Há muito que ouvia falar de praxe e sempre lhe fez confusão que a sociedade continuasse a assobiar para o lado quando alguma coisa corria mal. “Todos os anos há problemas e as instituições de ensino fazem de conta que não é nada com elas”, diz.
Era chegada a hora de fazer alguma coisa. Por isso, a docente da Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC) iniciou, há cerca de três anos, um estudo junto dos alunos da escola, para perceber o que podia ser feito. O projeto – a que deu o nome de “Praxe que eu quis, praxe feliz” – deu forma, este ano, a uma Comissão para o Acompanhamento da Praxe.
O órgão – constituído por Leila Rodrigues, por uma jurista (Marta Correia), uma assistente social (Elsa Ramalho), e pelo presidente da Associação de Estudantes da ESAC (Carlos Nascimento) – pretende analisar problemas que surjam e encontrar soluções. É nesse âmbito, aliás, que o Código da Praxe da escola está ser alvo de revisão, de modo a banir certos “termos e rituais” que fazem parte da “velha tradição” da escola.
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