Movimento “Cidadãos Por Coimbra” não desiste do projeto Metro Mondego

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Foto - Luís Carregã

Foto – Luís Carregã

O movimento “Cidadãos Por Coimbra” garante que só vai parar de lutar pela instalação do Metro Mondego no Ramal da Lousã e na cidade de Coimbra quando o projeto estiver concluído.

“Este projeto tem mesmo de avançar e não alinharemos nas promessas que vêm de tempo a tempo. Só desistiremos desta luta no dia em que o projeto esteja concretizado e não nos deixemos iludir nas promessas que são múltiplas”, sublinhou José Augusto Ferreira e Silva, vereador no município de Coimbra eleito por aquele movimento.

O autarca falava numa conferência de imprensa no apeadeiro de Lobazes, em Miranda do Corvo, que finalizou uma ação de recolha de assinaturas para a petição pública que, em novembro, vai ser entregue na Assembleia da República, a exigir ao Governo a concretização da obra do metro na cidade e no ramal ferroviário da Lousã.

Lançada em agosto, a petição conta já com mais de 5.000 assinaturas, recolhidas maioritariamente em Coimbra (cerca de 90%), segundo o movimento “Cidadãos Por Coimbra”.

“Prevemos culminar esta fase no dia 06 de novembro, em que iremos chamar todas as forças que desejem participar para uma ação de grande impacto público, no sentido de dar mais força para a conclusão da obra”, salientou José Augusto Ferreira da Silva, acrescentando que a petição será entregue posteriormente.

A execução do projeto, inserido no Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), contempla a instalação de um metro ligeiro de superfície do tipo “tram-train” – com capacidade para circular nos eixos ferroviários, urbanos, suburbanos e regionais – na cidade de Coimbra e no Ramal da Lousã, onde as obras foram iniciadas mas estão interrompidas.

O Ramal da Lousã foi desativado em janeiro de 2010, estando concluído, no âmbito do projeto, parte das empreitadas entre Alto de São João (Coimbra) e Serpins (Lousã), correspondentes à Linha Verde, primeira fase do Metro Mondego, que foram interrompidas há cerca de dois anos após um investimento de cerca de 140 milhões de euros.

Para José Augusto Ferreira da Silva, “não pode haver hoje qualquer tipo de argumento no sentido de dizerem que o projeto não tem viabilidade ou sustentabilidade, porque essa matéria foi absolutamente decidida no momento em que os poderes públicos decidiram retirar o que havia na linha para construir um metro ligeiro”.

“Os políticos têm assumir as suas responsabilidade e não podem andar permanentemente a dizer uma coisa e a fazer outra. Hoje já nem se trata de qualquer racionalidade económica não fazer o metro, porque se gastaram mais de 100 milhões com a obra, que serão totalmente desperdiçados se a obra não for concretizada”, sublinhou o advogado.

Salientando que Coimbra é a “capital de uma região com cerca de 500 mil habitantes”, o autarca considerou que é preciso uma “alteração profunda” no setor dos transportes e das acessibilidades da cidade.

“Coimbra é uma cidade que não pode continuar o seu crescimento de forma desordenada e a instalação do metro é decisiva também para esse reordenamento do território”, frisou.

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