A proposta de reforma do IRS constitui “um passo gigante” para que se passe a tratar as famílias de forma mais justa e um primeiro incentivo à natalidade, considera a secretária-geral da Associação das Famílias Numerosas.
“É um sinal de reconhecimento de que as famílias com filhos têm efetivamente um conjunto de despesas acrescidas e que têm de ser tidas em conta na hora da tributação”, defendeu Ana Cid.
Para a representante daquela associação, todas as alterações contidas na proposta de reforma do IRS, aprovada ontem, quinta-feira, em Conselho de Ministros, “vão no sentido de proteção destas famílias e de um tratamento mais justo”.
A questão do quociente familiar – que atribui uma ponderação de 0,3 pontos por cada filho no cálculo do IRS – permite avaliar a verdadeira capacidade da família para a tributação. Os vales sociais de educação vão permitir “acomodar melhor as despesas com educação, que são muito significativas nas famílias portuguesas, quer quanto a manuais escolares, quer quanto a material escolar e mesmo em relação às próprias escolas”, afirmou a secretária-geral da associação.
Ainda nesta questão, Ana Cid destacou a importância da extensão desta medida até aos 25 anos para os filhos que se mantenham a estudar..
Embora considere que as alterações no IRS constituem apenas um “primeiro sinal na criação de um ambiente mais favorável à natalidade”, Ana Cid salientou que o Governo deu prioridade àquilo que as famílias consideram mais importante.