Portugal está a equacionar enviar uma equipa para a Guiné Bissau para ajudar a população a dar resposta ao vírus do Ébola “na linha da frente”, anunciou hoje o ministro da Saúde.
Paulo Macedo esclarecia, desta forma, os deputados da Comissão Parlamentar de Saúde sobre as respostas que Portugal tem definidas para combater eventuais casos de Ébola em Portugal.
De acordo com o ministro, as autoridades portuguesas têm mantido “contactos sistemáticos” com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), tendo concretizado apoios, ao nível da formação e de envio de material para Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé. Em relação à Guiné, Paulo Macedo pormenorizou o apoio, revelando que as autoridades de saúde estão a equacionar, conjuntamente com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a criação de uma “estrutura para prestar apoio benemérito na chamada linha da frente”.
“É, de facto, no local que poderemos ser mais úteis”, disse, adiantando que o diretor-geral da Saúde vai deslocar-se à Guiné Bissau, dentro de uam semana, no próximo dia 17, para avaliar essa possibilidade.
Na sua intervenção, Paulo Macedo referiu que, em Portugal, “o risco é baixo, mas o caso é sério”, referindo-se às probabilidades da entrada do vírus no país.
A infeção pelo vírus do Ébola de uma auxiliar de enfermagem em Espanha, naquele que se tornou o primeiro caso de contágio na Europa, motivou hoje várias das questões colocadas ao ministro da Saúde.