Opinião – Portugal merece respeito

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Gil Patrão

Gil Patrão

Importa recuperar a Economia, porque o País é maioritariamente feito de gente honesta, trabalhadora e que honra compromissos. Que não se acomoda e prefere sofrer e emigrar que ficar à mercê da solidariedade alheia.

Que aceita os sacrifícios realizados, se com isso se relançar a Economia e se recuperar a esperança na reconstrução do País. Ao contrário dos que julgam demais os esforços feitos para a consolidação económica, fazendo lembrar alguns filhos de famílias, endinheiradas e não só, que ao encontrarem um primeiro emprego, mesmo que mal pago, se acomodam à situação e passam a “curtir” praia e amigos, em dias ensolarados e noites infindas de boémia e absoluto desperdício físico e moral, ao invés de lutarem por melhor futuro!

Não temos só gente que desdenha quem trabalha e que diz que importante não é dinheiro mas felicidade, em vez de competir e afrontar adversidades, como se ter independência económica não seja primordial para alcançar patamares superiores de desenvolvimento. Portugal não é feito só de quem espera por ajuda externa para assegurar uma qualidade de vida que uma fraca Economia não consegue alcançar ou de quem demonstra falta de solidariedade, ao desvalorizar o trabalho feito, ou de quem regateia esforços e sacrifícios necessários para salvar o País.

Não somos só gente que tudo quer ter sem esforço ou que passa a vida a ligar, por “tablet” ou “smartphone”, a quem não conhece, mas considera como “amigos”, com eles trocando banalidades, pelo vício dum clique que os completa. Como se encontros em redes sociais substituíssem amigos! Mas temos também outra gente, que retrata outro País.

Aquele que pede ajuda externa e depois destrata quem ajudou. O que estiola em debates espúrios. O que adormece ao som de telenovelas. O que se deixa iludir por políticos sabidos, que exploram a pacatez e iliteracia de tantos e que iludem a realidade económica, social e política, servindo-se de dificuldades sociais e debilidades económicas para traçarem os seus percursos!

A nossa realidade económica é muito débil! Precisamos de novos investimentos para relançar a economia e criar empregos e carecemos de dinheiro do exterior para alavancar a vontade de quem assume correr altos riscos, para agarrar oportunidades que acrescentem valor à Economia.
A nossa realidade social é angustiante!

O desemprego atinge níveis desesperantes, sendo o desemprego jovem dos maiores da Europa! Na Grande Depressão dos anos 30 do século passado, o drama do desemprego atingiu um em cada quatro norte-americanos. Hoje, entre nós, mais de um em cada três jovens não tem emprego! Quase um em quase cada cinco portugueses está desempregado! E um em cada cinco está em situação de pobreza! Há que agir sem demora!

A política parece coutada de quem não acaba com privilégios indevidos, nem ousa reformar o Estado, que entorpece a Economia! Plena de políticos que, mesmo incapazes de conquistarem a confiança do Povo, escolhem os caminhos que vamos trilhar! Temos de acordar da letargia política que nos entorpece, ao fim de quarenta anos de democracia.

Há que perscrutar o futuro e compreender que, nestes tempos, o apelo possível é à paz e à revolução de mentalidades e que a luta útil serve para renovar a esperança, ampliar a democracia e não deixar que os políticos coloquem meros interesses pessoais acima dos nacionais. Porque Portugal merece respeito!

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