Câmara de Viseu quer mudar paradigma da educação

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Câmara-Viseu

O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, anunciou esta quinta-feira que quer mudar o paradigma da intervenção municipal na educação com o novo programa Viseu Educa.

“Do investimento na infraestruturação e nos equipamentos passamos agora à modernização dos serviços, à gestão da rede educativa, à qualificação e a diversificação das ofertas formativas e educativas, ao apoio à família e à promoção do mérito”, explicou o autarca.

O programa Viseu Educa foi apresentado hoje durante a reunião pública do Conselho Municipal de Educação e está inserido na estratégia Viseu Primeiro 2013/2017.

Entre as várias medidas do programa, está “a capacitação técnica do gabinete de Educação da Câmara Municipal e a sua transferência para as instalações do Governo Civil” e a adoção da figura do gestor de projeto Viseu Educa, referiu o autarca.

Será também implementada “uma plataforma web para a gestão educativa e escolar”, que, por um lado, permita aos pais a gestão da conta do aluno” (no que respeita a calendário escolar, refeições, assiduidade, avaliações e alertas) e, por outro, a “gestão de recursos escolares por parte dos agrupamentos, acrescentou.

O Viseu Educa pretende também a diversificação de formações e de serviços educativos.

“Queremos desenvolver um grande programa de formação complementar artística, cultural, desportiva, ambiental e para o empreendedorismo, voltado especialmente para as crianças e famílias mais carenciadas e excluídas”, avançou Almeida Henriques.

Segundo o autarca, este programa de formação arrancará ainda este ano, sendo “organizado de forma gradual e descentralizada com os agrupamentos e as escolas, os agentes culturais e de formação artística, os clubes e associações desportivos, as instituições de ensino superior e as associações ambientais”.

Será também criado um Serviço Educativo para o Centro Histórico e o Património Cultural, no âmbito do processo de candidatura desta zona da cidade a Património da Humanidade da UNESCO.

“A candidatura à UNESCO não se faz sem as pessoas, sem a base social da comunidade, sem educação para o património, sem uma forte sensibilização”, defendeu, acrescentando que a autarquia está a procura de parceiros para desenvolver este projeto.

Haverá ainda uma aposta na formação em línguas estrangeiras, “incluindo idiomas de mercados emergentes com a China”, porque “a preparação para o mundo global e económico é fundamental e começa na escola”, justificou.

No que respeita aos equipamentos, Almeida Henriques referiu que será feita uma reavaliação da Carta Escolar de Viseu, com o objetivo de “redefinir com rigor o programa de requalificação do parque escolar municipal”.

A promoção de um diagnóstico energético do parque escolar, a preparação de projetos de eficiência energética a financiar através de fundos comunitários e a requalificação do pavilhão desportivo da Escola Secundária Viriato foram outras medidas que apontou.

O autarca sublinhou que o programa Viseu Educa é apenas “um guião”, que “define com objetividade e clareza, sem generalidades ocas, caminhos e apostas a seguir”, mas que, no entanto, é um “documento aberto”, que convoca os conselheiros municipais e restantes agentes educativos a participarem.

A Câmara de Viseu investe anualmente 8,5 milhões de euros (13% do orçamento) em educação, em infraestruturas e equipamentos, serviços de transporte escolar, auxiliares de ação educativa e programa de refeições escolares.

No total dos cinco agrupamentos do concelho – Viseu Norte, Zona Urbana, Viseu Sul, Mundão e Viso – há 4.845 alunos do ensino pré-escolar e do primeiro ciclo do ensino básico.

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