Opinião – Naturalmente, apoio António José Seguro

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Luís Vilar

Luís Vilar

António José Seguro herdou, em 2011, um Partido Socialista diminuído eleitoralmente, fustigado pela ira dos portugueses perante a governação do Governo do PS, que lhe impôs uma derrota eleitora. António José Seguro teve de gerir a oposição ao Governo PPD/PSD e CDS-PP, teve de defender a herança dos que o precederam, teve de gerir as sabotagens internas de António Costa e de alguns socráticos (que agora se aliaram a Costa e que antes tinham ficado abandonados quando este desistiu de se candidatar a líder), teve de gerir a reorganização do PS que lhe permitiu vencer autárquicas, europeias e ser legitimado líder.
Agora, António José Seguro tinha o PS preparado, com outras caras, para avançar com uma alternativa credível para um Governo de Esquerda.
É neste momento, e quando António Guterres dá um pretenso sinal de poder ser candidato a Presidente da República, que António Costa avança, dividindo o Partido Socialista e o seu eleitorado, sem sabermos até que ponto conseguiu inviabilizar qualquer alternativa ao actual Governo do PPD/PSD e do CDS/PP. Sem qualquer proposta diferente das do Partido Socialista, o centro-esquerda em Portugal vive a sua maior crise de sempre.
As diferenças que encontro, são: António José Seguro não berra e o António Costa fala alto. Bom a outra diferença é porque quer ser 1º Ministro, com a desculpa esfarrapada da votação nas eleições europeias o que, convenhamos, não é motivo político sério. Não vejo nenhuma ideia ou projecto novo em relação ao que, desde há muito foi delineado e que António Costa subscreveu em 2013.
E, explico porquê: o PS, a nível europeu, teve o segundo melhor resultado para a Internacional Socialista, logo a seguir à Itália.
Em segundo lugar, porque o PS em 2013 teve a maior vitória eleitoral nas Autárquicas com a conquista da Associação Nacional de Municípios e a percentagem de votos com que António Costa derrotou a mesma coligação de Direita, na Câmara Municipal de Lisboa, foi parca.
Nas Europeias, o PS com António José Seguro a liderar, sempre teve mais de 3,5%. Mais, se António Costa não ganhar no Concelho de Lisboa, abandonará a Câmara? Claro que não, mas a Democracia sai mais pobre e os Portugueses dificilmente perdoarão. Só a ambição desmedida, só um ajuste de contas que ninguém percebe, só a tentativa de alguns poderem recuperar privilégios que tinham em 2011, pode justificar esta mais que desnecessária divisão dentro do Partido Socialista. Primeiro, Portugal assistiu a uma votação na Assembleia da República que uniu os votos da Direita e extrema esquerda para derrotar um Governo do PS. Agora está a assistir a uma “guerra” desencadeada por militantes socialistas. Por tudo isto e pelo muito que ficou por dizer, que não pretendo “dizer” a bem de Portugal e do PS, para manter o mínimo de unidade interna, apoio: António José Seguro.

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