“Éramos três amigos que íamos de carro. Eu ia no banco de trás, sem cinto de segurança”, começou por contar Ricardo Meneses, utente do Centro Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais, a uma turma de alunos da Escola Técnico-Profissional de Cantanhede. “Foi a velocidade”, disse, “o carro bateu no passeio, o pneu rebentou e depois capotou. Fraturei a vértebra dorsal nas cambalhotas”.
Um testemunho levado ontem à Biblioteca Municipal de Cantanhede, no âmbito do programa das Jornadas Culturais, promovidas pela Escola Técnico-Profissional de Cantanhede. O utente, médico e assistente social, do Centro Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais, partilharam com os cerca de 15 alunos informação sobre as principais áreas que envolvem o apoio ao indivíduo com mobilidade reduzida: intervenção médica, psicológica e social.
Natural da zona Norte do país, Ricardo Meneses conta que após o acidente – que aconteceu há quatro anos – esteve cerca de três meses em coma. Reaprendeu a viver e as prioridades mudaram. “Antes do acidente eu não reparava nas pessoas que andavam em cadeiras de roda”, admite. “Tudo mudou de um dia para o outro, quando acordei sem saber falar e sem sentir nada”, conta ainda Ricardo Meneses.
Hoje em dia, com a reabilitação feita diariamente no Centro Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais, a vida é vivida a cada dia e “o simples gesto de lavar os dentes é uma vitória”.
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