Nuno Marques é baixista e um dos fundadores dos Miura, banda de rock figueirense que acaba de gravar um disco
Os Miura são uma versão madura dos extintos Hand Puppets?
(Risos). Não gostamos de misturar as coisas, mas as pessoas acabam por fazer essa comparação. Metade do projeto Miura, eu e o vocalista, fez parte dos Hand Puppets. Se calhar pode ser visto dessa forma, porque nós estamos mais maduros. Lançámos um desafio com este projeto, que é escrever letras em português [os Hand Puppets cantavam em inglês]. Penso que os temas, pela forma como estão escritos, conseguem alcançar um publico mais maduro.
Os Miura já gravaram?
Gravámos um EP [com quatro temas]. Vamos ter esta semana a versão física, mas já está disponível em facebookmiura.rock.
Que tipo de rock tocam?
Tocamos um rock que tem como base as guitarras com alguma distorção. As músicas têm secções rítmicas potentes. O EP não tem efeitos especiais nem arranjos, mas tivemos algum cuidado com a produção – fomos gravar parte do disco ao estúdio do Pedro Abrunhosa. Podemos dizer que é rock com nuances de funky e de metal.
Até onde pretendem ir?
Vamos criando expectativas em relação ao projeto conforme as coisas vão evoluindo. A nossa preocupação do momento é que o EP chegue ao maior número de pessoas [possível] e às agências de espetáculos. O que vier daí, estaremos cá para avaliar se conseguimos alimentar mais a máquina.
Recentemente, um dos elementos do grupo queixou-se publicamente da falta de espaços na Figueira da Foz para as bandas tocarem. Esqueceu-se do CAE, do casino, do auditório municipal e das coletividades?
Percebi a base do discurso, mas talvez não se tenha expressado da melhor forma. Se calhar, o objetivo da intervenção foi o de enaltecer o trabalho que a associação DRAC tem feito enquanto espaço disponível para as bandas locais. Os outros espaços não apostam tanto em eventos que incluam bandas da Figueira da Foz.
O fim do evento Bandas no Forte (em 2010) foi um rude golpe para os grupos locais?
Era um evento anual onde os projetos se podiam mostrar. Contudo, a culpa não é de uma só pessoa. Se aquilo não foi para a frente, temos de distribuir a culpa por todos – por quem organizava, por quem apoiava, etc. Quem organiza eventos, não pode viver eternamente de subsídios.
Esta entrevista pode ser ouvida na íntegra na Foz do Mondego Rádio (99.1FM)
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