Opinião – Encerramento da EN110: isto anda tudo ligado!

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Rita Rato

Rita Rato

No passado dia 15 de janeiro a Natureza tratou de agravar a situação que o Homem (sucessivos governos) não preveniu. Próximo da foz da Ribeira de Vale Bom, uma derrocada originou o encerramento da Estrada Nacional (EN) 110. Aliás, a queda de pedras é uma constante nesta estrada, principalmente devido à falta de vigilância e manutenção que esta via exige mas que a empresa Estradas de Portugal não assegura regularmente.

Mais de 3 semanas após a derrocada, a EN 110 continua cortada ao trânsito, isolando as povoações ribeirinhas do concelho de Penacova que têm esta estrada como a sua única ligação a Coimbra, onde quase todos trabalham ou estudam.

As populações das aldeias Foz do Caneiro, Rebordoso e Chelo do concelho de Penacova e de Loredo do concelho de Poiares utilizam diariamente esta via, pelo que esta situação é inaceitável. Particularmente grave é também a forma como a programação em curso dos trabalhos de remoção das pedras pela Estradas de Portugal não assegura pelo menos o funcionamento de uma das duas faixas de rodagem da via. É que, como alternativa, existem apenas as estradas rurais em terreno muito inclinado, com muitos pinheiros situados na berma da estrada em perigo iminente de queda para a via.

Esta decisão do Ministério da Economia, ainda sem data prevista para a reabertura da EN 110, representa um desprezo pelas necessidades das populações, protelando no tempo uma situação gravíssima, com impactos negativos também no desenvolvimento económico e social local. Para além da remoção das pedras da via e a conclusão dos trabalhos da EN 110, importa também assegurar a monitorização constante desta via.

Não deixa de ser curioso que sucessivos governos do PS, PSD e CDS, sempre tão céleres a construir infraestruturas que assegurem elevados lucros ao sector financeiro através das parcerias público-privadas (PPP), sejam sempre tão lentos a resolver os problemas concretos das populações e da sua mobilidade, nunca encontrando recursos disponíveis para tal.

Fosse a reparação da EN 110 concretizada através de uma PPP para impor portagens às populações e atribuir rendas à banca, as máquinas já estariam no terreno.

Isto vem mais uma vez provar que os sucessivos governos do PS, PSD e CDS tiveram sempre como principal preocupação servir os banqueiros, alimentando os seus lucros, e não as necessidades e direitos das populações.

É também por isso que é tão importante e urgente demitir um Governo que atua como um conselho de administração dos grupos económicos e financeiros, abrindo caminho para um Governo Patriótico e de Esquerda que responda às necessidades das populações e ao desenvolvimento económico e social do país.

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