Paulo Jorge Oliveira Inácio é o novo comandante da Capitania da Figueira da Foz e, por inerência, da Polícia Marítima (PM) local. O capitão de fragata toma posse, no dia 22, pelas 15H30, numa cerimónia que irá decorrer na estação salva-vidas do Instituto de Socorro a Náufragos (ISN) da Figueira da Foz.
Natural da Cova da Piedade, no concelho de Almada, nasceu em 1966, tendo ingressado na Marinha, duas décadas depois. “Fui para a Marinha, em 1986, essencialmente devido à influência do meu pai, uma vez que também tinha servido na Marinha e, em simultâneo, pelo conjunto de amigos, que ainda mantenho, pois muitos deles também ingressaram na Escola Naval”, explicou ao DIÁRIO AS BEIRAS Paulo Oliveira Inácio.
Sobre o seu currículo, o militar destaca como mais importante a “experiência” a bordo de navios. “Um dos grandes objetivos da carreira de um oficial de Marinha será efetivamente o comando de uma unidade naval. Foi-me dado o privilégio de comandar a corveta NRP “João Coutinho”. Foram dois anos e meio muito intensos e interessantes”, referiu Paulo Oliveira Inácio, que mais recentemente exercia funções na Divisão de Pessoal do Estado-Maior da Armada.
Como encara este novo desafio? “Face aos antecedentes, é uma área que me era, de certa forma, desconhecida. Esta é a minha primeira incursão na Autoridade Marítima. Portanto, espero conhecê-la de uma forma mais profunda”, respondeu à pergunta da jornalista.
“Ao longo da nossa carreira estamos um pouco “fechados” na nossa organização. À exceção do comando de navios. O nosso contacto é feito muito à base da parte interna da estrutura. Este novo desafio, permitir-me-á uma abertura diferente ao exterior e à comunidade”, considerou Paulo Jorge Oliveira.
Área de jurisdição
O militar conhece vagamente a cidade da Figueira da Foz, embora já tenha ficado registada na sua memória. “A primeira vez que estive na cidade (navio atracado no porto) foi quando se deram os ataques do 11 de setembro de 2001. É um marco que fica”, confessou.
Apesar de o seu “conhecimento ser muito ténue”, Paulo Jorge Oliveira referiu que a Figueira da Foz “é uma cidade simpática e as pessoas são afáveis”.
Nos próximo três anos, o novo comandante vai ter sob a sua tutela uma área de jurisdição compreendida entre o Pedrógão (norte) e a Lagoa de Mira (sul), cerca de 60 quilómetros de costa. Irá comandar 15 agentes da PM, quatro faroleiros, três militares, três civis e três funcionários da estação salva-vidas do ISN da Figueira da Foz.
Por seu turno, em declarações recentes ao DIÁRIO AS BEIRAS, o seu antecessor Rui Cebolas Amado definiu a passagem pela Autoridade Marítima como “extremamente positiva quer em termos profissionais, quer em termos pessoais”. “Foi uma experiência fantástica, um trabalho muito gratificante”, disse.