Biblioteca Joanina na lista mundial de monumentos potencia visibilidade

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100308 BIBLIOTECA JOANINA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA LUIS CARREG

A Universidade de Coimbra reconhece que a inscrição da Biblioteca Joanina na lista de 2014 do Observatório Mundial de Monumentos deve ser utilizada para “potenciar a sua visibilidade na angariação de verbas para a sua manutenção e requalificação”.

A organização não-governamental World Monuments Fund (WMF) apontou na terça-feira o Forte de Nossa Senhora da Graça, em Elvas, e a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra numa lista mundial de monumentos sujeitos a riscos.

Os dois monumentos, ambos classificados como património da humanidade da UNESCO, integram a lista bienal divulgada em conferência de imprensa em Nova Iorque pela WMF, que alertou também para a destruição do legado arquitetónico e cultural com o excesso de turistas em Veneza e com a guerra civil na Síria.

“A inscrição da Biblioteca Joanina nesta lista é importante fundamentalmente por dois motivos: por reforçar o reconhecimento internacional deste património – o programa Watch afirma que se dedica aos sítios mais preciosos do mundo – e por potenciar a sua visibilidade na angariação de verbas para a sua manutenção e requalificação”, referiu a vice-reitora Clara Almeida Santos, citada numa nota da imprensa da Universidade de Coimbra (UC).

Clara Almeida Santos, em declarações à agência Lusa, explicou que esta inscrição partiu da “candidatura da Universidade”, que assim pretende alertar potenciais mecenas para a necessidade de se preservar e potenciar aquele património.

“É, claramente, uma nomeação positiva. A inclusão na lista foi pedida pela UC, na perspetiva de conseguirmos fundos, já que os valores transferidos via Orçamento do Estado não são suficientes. Não existe muito a cultura do mecenato, sobretudo na Europa do Sul, mas a ideia deste programa é exatamente essa”, esclareceu.

A UC recorda ainda que o anúncio, feito em Nova Iorque, nomeou 67 sítios de 41 países considerados pela mais importante organização não-governamental dedicada à preservação de sítios culturais, como “um testamento insubstituível para a inspiração humana e para a diversidade de culturas em todo o mundo”.

O objetivo da inscrição da Biblioteca Joanina na lista, sublinha ainda a UC, remetendo para o WMF, é “impulsionar ações de preservação do património cultural e arquitetónico de todo o mundo que está em risco pelas forças da natureza e pelo impacto das mudanças sociais, políticas e económicas”.

A lista Watch, elaborada por especialistas internacionais em património cultural, entre os quais, representantes da UNESCO “identifica oportunidades para as comunidades locais trabalharem em conjunto como os governos regionais e nacionais e com instituições que apostem no mecenato, na preservação dos sítios culturais”.

A biblioteca de Coimbra, segundo o relatório da organização, enfrenta desafios de controlo ambiental para preservar a coleção de livros e componentes frágeis da construção, salientando-se os problemas de infiltrações de água e bolor nas paredes.

A WMF pede melhor gestão do espaço, incluindo a criação de condições de proteção ambiental, e também mais atenção aos acessos.

Já sobre o Forte de Nossa Senhora da Graça, em Elvas, a WMF recomenda mais cooperação entre o Ministério da Defesa, a autarquia e os profissionais ligados ao património com vista a “implementar um plano de gestão para este forte bem preservado e para que seja alcançado o seu potencial no turismo patrimonial e reutilização do espaço”.

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