Os cerca de duzentos cidadãos alemães reunidos no instituto Goethe, em Lisboa, para acompanhar as primeiras projeções relativas às eleições na Alemanha revelaram contentamento face à queda do voto nos liberais e surpresa face ao resultado da extrema-direita, perto de entrar no Parlamento.
Reunidos em mesas de esplanada montadas no jardim do instituto, com uma banca da inseparável cerveja e seguindo os resultados num grande ecrã, as reações aos resultados dos dois principais partidos não foram muito efusivas.
Os sinais de contentamento surgiram quando foram conhecidas as projeções para o FDP (liberais) e os assobios de surpresa foram percetíveis quando se soube que o AfD (extrema-direita) se aproxima dos cinco por cento dos votos necessários a entrar no parlamento.
Antes das projeções, uma funcionária da embaixada alemã em Lisboa explicou à Lusa o “pequeno exercício democrático” em curso à entrada, onde estavam a entregar uma folha para que os residentes em Portugal votassem e assim passarem a conhecer melhor a tendência de voto da comunidade.
No final, será feita a contagem dos votos e sorteado um cabaz com produtos alemães e portuugeses.
A comunidade alemã em Portugal ronda os 25 mil cidadãos, na maioria residentes no Sul do país.