João Vaz
O calor que esteve na última semana causou um problema de “escassez de ventoinhas” na Figueira, no pico da canícula nem os “chineses” tinham para venda. A este propósito conto a seguinte estória verídica.
Uma senhora vai comprar as duas últimas ventoinhas ao supermercado que as tem em promoção, 50% do preço. – Preciso de uma fatura com número de contribuinte! -Qual é o número de contribuinte? pergunta a empregada. – Não sei, não o tenho aqui! responde a senhora. – Mas sem número de contribuinte não posso emitir fatura. E agora?
A senhora não desiste. – Passa-me agora a fatura e depois eu venho cá com o número de contribuinte. A empregada responde, sempre calma: -Mas não posso, a máquina não deixa…Oh colega, está aqui uma senhora que deseja uma fatura com número de contribuinte, mas não sabe o número.
-Só levo as ventoinhas se a fatura tiver o número, são para os quartos que tenho a arrendar e vou por em nome da empresa. Bem, não é uma empresa…mas preciso da fatura! – repete a senhora.
Entretanto, a empregada já tinha chamado duas colegas para tentar resolver o problema, mete e tira o cartão, vai buscar o código de barras ,etc. Contudo, sem resultados práticos.
Finalmente, -Olhe deixa cá as ventoinhas, paga depois, e nós emitimos a fatura quando voltar – disse um colega “especializado” em matéria de anulação de artigos.
Passaram-se 15 minutos nesta converseta com gente à espera. Conclusão: o “cliente tem sempre razão”, exceto quando o calor aperta e as ventoinhas escasseiam.